O Benfica poderá enfrentar sanções graves, incluindo a interdição do Estádio da Luz por até três meses, depois de ter anunciado publicamente que não pretende acolher jogos da Seleção Nacional, em protesto contra a arbitragem da final da Taça de Portugal, perdida frente ao Sporting (1-3, após prolongamento).
O protesto foi formalizado num comunicado oficial, no qual o clube da Luz afirma que, “enquanto a verdade desportiva não prevalecer, não estará disponível para acolher jogos da seleção nacional”.
A resposta pode agora chegar sob a forma de penalização disciplinar, uma vez que, segundo o Artigo 72.º do Regulamento Disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), um clube que se recuse injustificadamente a ceder o seu estádio para jogos da seleção pode ser punido com:
Interdição de um a três meses de utilização do recinto desportivo
Multa entre 10 e 20 unidades de conta (UC)
Tendo em conta que 1 UC corresponde atualmente a 102 euros, a multa poderá variar entre 1020 e 2040 euros — uma quantia simbólica face à potencial gravidade desportiva da sanção principal.
Um protesto com peso institucional
A decisão de Rui Costa surge na sequência do ambiente de forte contestação à arbitragem do dérbi no Jamor, nomeadamente à atuação do VAR Tiago Martins e do árbitro principal Luís Godinho, que não sancionaram o pisão de Matheus Reis a Andrea Belotti nos instantes finais do tempo regulamentar.
O Benfica entende que os erros foram demasiado graves e exigiu medidas imediatas da FPF e do Conselho de Arbitragem. A recusa em acolher jogos da Seleção surge como gesto simbólico de rutura institucional, mas pode agora sair caro ao clube, caso o Conselho de Disciplina avance com o processo.
A confirmar-se a sanção, o Benfica poderá ser forçado a disputar os seus jogos fora da Luz no início da próxima temporada — um cenário com repercussões competitivas e logísticas sérias, sobretudo com o Mundial de Clubes 2025 no horizonte.
