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Sporting: Rui Silva superou Trubin e Diogo Costa

Olhando para as contratações do Sporting nos últimos anos há dois nomes que se destacam: Gyokeres e Hjulmand. Um goleador para quem já faltam adjetivos, o outro vestiu na perfeição a pele de capitão, após a saída de Coates. Mas, em apenas quatro meses, há outro reforço que depressa subiu ao pedestal de Alvalade: Rui Silva.

Oriundo dos espanhóis do Betis, onde teve percurso de sucesso durante oito anos, o guardião, de 31 anos, regressou a Portugal para pegar de estaca. Estreou-se de leão ao peito a 18 de janeiro, na 18.ª jornada, frente ao Rio Ave (3-0) e não mais largou a titularidade.

Foi sentindo-se cada vez mais confortável, respeitado e, acima de tudo, e talvez o mais importante, ganhou a confiança por parte dos colegas.

Contas feitas, dados estatísticos comprovam que o guarda-redes leonino liderou a métrica dos golos evitados com um total de 5,3, o que representa 13.1% menos golos sofridos do que o esperado, face às oportunidades concedidas pela defesa.

Esta estatística — que cruza golos esperados enquadrados com defesas esperadas — evidencia o impacto direto de Rui Silva nos resultados da equipa de Alvalade. Diga-se que, com apenas 16 golos sofridos em 23 jogos, 46 defesas realizadas e nove clean sheets, ou seja, sem sofrer golos (39% dos jogos disputados), Rui Silva superou claramente os guarda-redes dos principais rivais na luta pelo título, nomeadamente Trubin (1,1) e Diogo Costa (1,1), mesmo tendo um número inferior de intervenções totais — 114 e 82, respetivamente.

A nível individual, o internacional português foi eleito o guarda-redes do mês de março por parte da Liga e integrou a equipa da jornada 26. Em cenário europeu, esteve em plano de destaque no jogo da 2.ª mão do play-off da UEFA Champions League, frente ao Dortmund, foi considerado o melhor jogador em campo, tendo defendido penálti cobrado por Guirassy, celebrando, no final, o 100.º jogo na carreira com clean sheets.

Elogios não lhe faltam

Publicamente, o treinador Rui Borges já se mostrou rendido ao guardião, nas bancadas os adeptos já gritam pelo seu nome e não há jogo nenhum em que não se veja alguém a envergar um cartão de apoio ao guarda-redes, feliz de leão ao peito. «Foi um passo muito importante na minha carreira. Acertei em cheio», afirmou, após sagrar-se campeão nacional.

Faltou uma vitória para a época perfeita

Rui Silva juntou ao seu palmarés dois troféus num curto espaço de tempo. «É um grande orgulho ser campeão porque era um objetivo na minha carreira.»

À Liga somou ainda a Taça de Portugal, após um jogo de emoções fortes no Jamor, diante do Benfica, em que Rui Silva fez quatro defesas fulcrais (remates dentre da área) entre sete que fizeram os leões acreditarem até ao fim.

Para ter sido uma época de consagração total apenas lhe faltou que o Betis tivesse ganho a final da Liga Conferência (foi derrotado pelo Chelsea, por 1-4), sendo que antes de deixar os espanhóis fez dois jogos na referida prova.

Em 2021/22, recorde-se, ganhou a Taça do Rei de Espanha. Rui Silva também tem ganho espaço no balneário, é uma das vozes de comando, respeitado e um exemplo para os mais novos e, tal como A BOLA já noticiou, perfila-se para fazer parte do lote de capitães.

As boas exibições de leão ao peito também lhe reabriram as portas da Seleção Nacional, com Roberto Martínez a convocá-lo recentemente para a Liga das Nações, tendo em vista a fase final.

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