Horas depois do Flamengo ter aterrado em Atlantic City, nos Estados Unidos, José Boto foi o protagonista de uma conferência de imprensa. O diretor-desportivo dos brasileiros frisou satisfação com a qualidade do plantel, mas frisou um aspeto que pode fazer a diferença contra clubes europeus no Mundial de Clubes: «Às vezes não é uma questão de qualidade do plantel e sim as competições que estão inseridas. Não tenho dúvida que o Flamengo na Premier League lutava pelos primeiros lugares. Mas tinha que estar habituado a jogar naquele ritmo.»
Além das diferenças de ritmo, José Boto apontou o nível financeiro como uma das principais razões para o Flamengo não competir ombro a ombro com os gigantes europeus em prova utilizando um exemplo… familiar: «São condições financeiras muito superiores. O Benfica, que pode ser o nosso adversário, é de uma liga periférica da Europa e tem três avançados que cada um custou mais de 20 milhões de euros [Em 2024/25, figuravam no plantel encarnado Pavlidis e Arthur Cabral, que custaram valores próximos da quantia mencionada]. Esse é o poder económico dos europeus.»
«Os jogadores são bons e jovens, que permitem ter um bom desempenho por muito tempo. Tudo isto faz com que as equipas europeias tenham um ritmo de jogo superior aos sul-americanos», frisou José Boto, que recusa a ideia de que o Flamengo tenha a obrigação de vencer a prova.
O atual dirigente do Fla e antigo scout do Benfica frisou que gostaria de defrontar as águias no Mundial de Clubes: «Como é que chamam? Lei do ex? Gostaria de defrontá-los em Miami.» Recorde-se que encarnados e Fla podem defrontar-se logo nos oitavos de final.
O diretor aproveitou ainda para negar rumores de aproximações entre o Flamengo e Neymar.u
O Flamengo está inserido no Grupo D do Mundial de Clubes, no qual vai enfrentar Chelsea, Espérance Tunis e LAFC.
