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Caso Gyokeres: não sejam ingénuos

Gyokeres jogou a temporada finda ao mais alto nível no Sporting e foi fundamental para a conquista do bicampeonato e da Taça de Portugal. Reforce-se, fundamental. Agora, o avançado sueco quer sair para ligas e ordenados (muito) maiores e esperava que a direção do clube não colocasse entraves.

Frederico Varandas também não quereria impô-los. Ambos esperavam, ingenuamente (só pode), que o(s) interessado(s) tivessem mãos largas e oferecessem valor que, efetivamente, correspondesse à valia de Gyokeres. E que não aproveitassem o facto de o craque não estar sensível a questões de transferência. Logo, pedra (não apenas grão) na engrenagem. Via verde para diferendo, como o que se deparada, com o atleta a ameaçar com… greve.

Não vai ser fácil para nenhuma das partes resolver o contencioso. Sporting não quer ceder perante valores inferiores a 70 a 80 milhões (bem abaixo da cláusula, mas bem acima das propostas conhecidas). Está no seu direito. Mas sabe-se que estes negócios não se fazem com base no que se tem direito, mas na flexibilidade.

E se Varandas cede a menos, perde a face, depois da intransigência das declarações. Mas só num mundo do futebol já longínquo é que um clube cativaria um jogador contra a sua vontade, esperando que este continuasse a desempenhar ao nível de antes, como nada se tivesse passado.

Contudo, há uma saída, que será a mais provável: os interessados (e seria bom que fossem mais do que um para haver concorrência) não quererem perder um avançado destes por fechar a mão a mais 10 ou 15 milhões.

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