Sporting: Diego Callai despede-se da Liga 3; Afonso Moreira recorda «dia inesquecível»

12 jogos disputados bastaram para Diego Callai ser considerado melhor guarda-redes da edição 2024/25 da Liga 3 pelos capitães das equipas que participaram na prova. O guardião italo-brasileiro agradeceu a distinção em cerimónia realizada na Cidade do Futebol, mas não esqueceu os concorrentes: «Sou muito grato. Seria injusto não mencionar os meus colegas de posição, não podia deixar de mencionar o Didi [guarda-redes do Amarante], é uma referência para mim.»
«A Liga 3 tem sido um palco de evolução para mim. Passei momentos muito bons ao longo destas quatro épocas. Termos subido foi muito importante», garantiu Callai, em jeito de despedida, ele que se estreou pela equipa B leonina com apenas 17 anos, a 22 de agosto de 2021, numa vitória contra o Caldas (1-0).
Após ter sido o dono da baliza da equipa B em 2022/23 e na primeira metade da época seguinte, Callai foi emprestado ao Feirense em 2024. Exibições intermitentes em Santa Maria da Feira devolveram o filho do antigo guarda-redes Diego a Alcochete, onde voltou a assumir as redes verdes e brancas na fase de subida da Liga 3.
Mesmo numa temporada em que o plantel leonino contou com três treinadores, um dos quais em dose dupla (João Pereira), a equipa secundária garantiu a subida à Liga 2 pela primeira vez desde 2017/18. Callai desvenda o segredo de uma temporada que chegou a bom porto sob o comando de João Gião: «É nos momentos complicados que se fazem grupos fortes, o nosso demonstrou uma grande capacidade de sacrifício. Estivemos sempre de braços abertos para as ideias do mister. Foi essa união que fez toda a diferença.»
«Pude mostrar que tinha capacidade de jogar na Liga»
Diego Callai realçou ainda que, em paralelo com as mudanças no comando técnico, o grupo de trabalho teve de gerir as chamadas constantes da equipa A, fustigada por lesões. Um dos beneficiados foi Afonso Moreira, que disputou três partidas já às ordens de Rui Borges.
À semelhança de Callai, Afonso Moreira estreou-se pela equipa B com apenas 17 anos, neste caso em 2022. O extremo leonino explicou as consequências de uma ascensão tão repentina: «Estreei-me na Liga 3 muito jovem, saltei patamares importantes. É um choque de realidade jogar o Europeu sub-17 e começar o ano seguinte a jogar contra homens, ajudou-me a desenvolver o meu jogo tanto a nivel psicológico como técnico.»
«Foi um palco onde pude mostrar ao mister Amorim e ao mister Rui Borges que tinha capacidade para jogar na Liga» frisou o extremo que, tal como Callai, foi emprestado na segunda metade de 2023/2024, neste caso ao Gil Vicente.
Na última época, o extremo de 20 anos fixou-se na equipa B e rubricou oito golos em 24 jogos, que lhe valeram a nomeação para o onze do ano na Liga 3. O cisne verde e branco cantou a 17 de maio, após uma vitória contra o Amarante (2-0).
À alegria matinal da subida à Liga 2, Afonso Moreira juntou a euforia da conquista do bicampeonato por parte da equipa principal nessa tarde diante do Vitória SC (2-0). Um mês e meio depois, o extremo ainda não encontrou palavras para descrever uma noite onde festejou a dobrar: «Foi um dia inesquecível, a primeira vez que subimos culminar no dia do bicampeonato é algo único, poder desfrutar das duas festas, é um dia que nunca vou esquecer.»
«Ser bicampeão pelo clube me criou é dificil de explicar por palavras, só vivendo mesmo, estou contente. Época recheada de momentos memoráveis», finalizou o extremo de 20 anos, sem revelar se continua de verde e branco na próxima temporada.