Frederico Varandas quer acelerar renovação de Pedro Gonçalves

Uma das prioridades de Frederico Varandas na preparação da nova temporada do Sporting passa pela renovação de contrato com Pedro Gonçalves, um dos elementos mais importantes no plantel orientado por Rui Borges. O presidente dos leões pretende acelerar o processo nas próximas semanas e ‘blindar’ Pote com um novo contrato, adianta o jornal O JOGO, na edição deste domingo.
Com o atual vínculo a ter uma duração de mais dois anos, Pedro Gonçalves, que ontem completou 27 anos de idade, também já terá manifestado a intenção de prolongar a ligação contratual com o Sporting, sendo a duração do novo contrato precisamente um dos pontos em cima da mesa das negociações.
Com quase 200 jogos com a camisola do Sporting, abrilhantados por 82 golos e 49 assistências, a direção do Sporting pretende segurar o camisola 8 em Alvalade, numa altura em que ‘velhos’ interessados, como Aston Villa e Bayer Leverkusen, voltaram a sondar o internacional português que recentemente fez parte da conquista da Liga das Nações.
Contratado ao Famalicão no verão de 2020, a troco de 13,5 milhões de euros por 90% do passe, Pedro Gonçalves depressa se afirmou como um dos indiscutíveis do plantel verde e branco, pese embora as lesões que o foram impendido de chegar a outros voos. Em cinco anos de Sporting, Pote conta com três campeonatos conquistados.
Infância recordada
No dia em que completou 27 anos, Pedro Gonçalves concedeu uma entrevista à SIC, no programa ‘Alta Definição’, e recordou a sua infância, lamentando o facto de nunca ter conhecido o seu falecido pai.
“Cheguei a jogar andebol e a praticar atletismo, além do futebol. A minha mãe trabalhava no Vidago e morávamos com o meu padrasto no estádio, na casa dos roupeiros. Esperava que os jogadores chegassem e ajudava nos treinos, batendo bolas para os guarda-redes. Diziam-me que era atrevido, mas era genuíno. Por vezes, os jogadores terminavam o treino e eu ficava a jogar até o presidente ligar para a minha mãe desligar as luzes”, revelou o criativo do clube de Alvalade.
“Creio que, por vezes, sou uma pessoa fria, que não dá um abraço. Sei que vem da infância. Houve fases em que chorei sozinho. O meu pai faleceu no hospital, com uma infeção. Nunca perguntei mais. Sempre quis viver o dia a dia, para não pensar nas razões pelas quais o meu pai não me pôde ver crescer. Faz parte da vida. Não o conheci e fico triste. Sei que teve uma vida como bombeiro e que foi incrível. Muitos dizem que a minha personalidade é semelhante à dele. Falo muitas vezes com o meu pai, mas tive um padrasto que deu tudo por mim”, completou Pedro Gonçalves.