FC Porto

António Oliveira fala de Jorge Costa a O JOGO: “Vazio nunca será preenchido”

É com António Oliveira em 1996/97 que Jorge Costa arranca como capitão do FC Porto, assumindo a braçadeira conservada largos anos por João Pinto. O defesa-central tinha 25 anos quando junta o estatuto a um comando e autoridade invejáveis, desde sempre impostos com naturalidade. O técnico que esteve com Pinto da Costa até ao fim do seu reinado, treinara já o Bicho na Seleção antes de regressar às Antas como sucessor de Bobby Robson e encaminhar os dragões para o tri e tetra de um período áureo. Jorge Costa reforçou, nessa altura, a sua importância dentro do balneário e foi ele a levantar a Supertaça, na Luz, após um arrasador 5-0, com o central a marcar um dos golos de um dos jogos mais memoráveis para os adeptos azuis-e-brancos.

Era também Oliveira quem estava no banco quando correu o mundo a imagem de um Jorge Costa ensaguentado, após uma célebre confusão com George Weah num FC Porto-Milan. “É uma hora difícil para todos os que amavam o Jorge Costa, dentro e fora do campo. Foi com muita tristeza que recebi esta notícia. Tive o privilégio de o treinar e, mais do que isso, partilhar momentos marcantes com um homem de caráter firme, de entrega total e uma paixão inabalável pelo FC Porto. Foi um verdadeiro líder, um símbolo de compromisso, coragem e identidade portista”, realçou Oliveira, de 73 anos, percorrendo as recordações com nostalgia e coração apertado.

“Como capitão foi o espelho do que deve ser um jogador à FC Porto: combativo, leal, sempre disposto a dar tudo pela camisola. Como pessoa, foi sempre íntegro, genuíno e amigo. A sua ausência deixa um vazio que nunca será preenchido. O seu legado permanecerá vivo na história do clube e na memória de todos os que com ele conviveram”, expressou o antigo jogador, técnico e dirigentes dos dragões, finalizando com votos de força para os elos mais próximos de Jorge Costa. “Deixo um abraço solidário à família, aos amigos, a todos os portistas que choram a perda de um dos maiores símbolos. Fica o respeito e a saudade… Citando Alberte Pike ‘o que fazemos por nós morre connosco. O que fazemos pelos outros e pelo mundo permanece e é imortal.'”

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