FC Porto

Villas-Boas reage à morte de Jorge Costa e recorda palavras do antigo central

André Villas-Boas, presidente do FC Porto, reagiu na noite desta terça-feira à morte Jorge Costa, vítima de paragem cardiorrespiratória.

“Partiu Jorge Costa. O nosso Bicho. A eterna Lenda do Clube. Respeitado por tantos, querido por todos os Portistas, uma referência como pessoa, como profissional e um ídolo para muitos. Em primeiro lugar, e em meu nome pessoal, em nome do FC Porto, da sua Direção e dos Órgãos Sociais, quero expressar os nossos mais profundos pêsames à sua família, aos filhos e aos seus amigos. De seguida, a todos os Portistas e à nossa família Azul e Branca, deixo os meus sinceros sentimentos”, introduziu.

“Jorge Costa foi um dos nossos mais queridos jogadores, uma lenda que vivia o Clube e o Portismo como poucos. Era único na sua forma de ser e de se relacionar connosco e com as nossas cores. Queremos hoje dizer-lhe que estaremos sempre ao seu lado, com a consciência e a obrigação de lhe devolver tudo o que ele nos deu ao longo da sua vida. E foi muito: sangue, suor e lágrimas. Não é possível definir o Jorge. Ele personificava tudo o que é e será sempre o FC Porto. A sua forma vertical de lutar pelas vitórias, o espírito de conquista sem limites, a entrega comovente ao seu Clube e a liderança que carregava às costas, com o mítico e eterno número 2, continuaram a marcar a história do FC Porto com conquistas nacionais e internacionais. Jorge Costa marcou-nos a todos pela sua dedicação, por tudo o que deu e continuava a dar ao seu FC Porto. Qualquer livro que conte a belíssima e longa história do nosso Clube o retratará como um dos atletas mais importantes da nossa História. Assim o recordaremos”, prosseguiu.

“Em termos pessoais, recordo-o de uma forma especial. Tive nele sempre um amigo e nele sempre vi uma fonte de força e de inspiração na entrega que somos obrigados a colocar em prol do nosso Clube. Um amigo que sempre esteve ao meu lado. Um amigo exigente que, quando sentia que alguém esmorecia, logo vinha com uma mensagem de força e de foco. Ainda há pouco tempo me escreveu estas palavras: ‘André, quero que saibas que estarei sempre ao teu lado, pelo nosso FC Porto.’ Era assim: metia o corpo, ralhava, levava-nos para a luta e só largava quando nos visse outra vez a festejar uma vitória. Muitos de nós recordam o que sofreu quando teve de nos deixar para representar o Charlton. E sobretudo recordamos a sua rasgada alegria quando regressou e vestiu de novo a camisola azul e branca. E o que fez a seguir? Ganhou tudo. Também não esquecemos que, quando singrava como treinador, decidiu abandonar a sua carreira porque acreditava que poderia ser de novo útil ao seu Clube num cargo diretivo. Veio sem arrependimentos e entregou-se de corpo e alma às suas novas funções de Diretor do Futebol Profissional. E foi assim que hoje nos deixou: a trabalhar para o sucesso do FC Porto, depois de uma reunião técnica e de uma entrevista em que falou sobre o próximo jogo desta época que agora começa, com a mesma vontade de ganhar que sempre o caracterizou. O Jorge Costa nunca desistia. Mesmo sabendo o quanto era importante para todos nós, nunca reclamou uma vitória para si. As vitórias eram sempre do FC Porto. Era assim em campo e assim será na vida eterna. O legado de Jorge Costa permanecerá para sempre vivo na memória de todos os Portistas. Jorge, vais deixar uma enorme saudade, mas não duvides que lutaremos por ti como tu lutaste por nós e pelo FC Porto. Nunca serás esquecido, Capitão”, completou o dirigente máximo dos dragões.

Na sequência da vitória de André Villas-Boas sobre Pinto da Costa nas eleições do FC Porto, Jorge Costa voltou para liderar o futebol profissional dos dragões e assistiu à conquista da Supertaça na última época, frente ao Sporting no banco, ao lado de Vítor Bruno, primeira aposta técnica da nova administração.

Jorge Costa, como jogador, representou os dragões em 383 jogos oficiais, entre 1992 e 2005, e foi capitão durante várias épocas, tendo conquistado uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, uma Taça Intercontinental, oito títulos de campeão nacional, cinco Taças de Portugal e cinco Supertaças.

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