
Rui Borges falou esta sexta-feira ao meio-dia, na Academia Cristiano Ronaldo, e deixou bem claro o que espera do clássico de amanhã em Alvalade frente ao FC Porto. O treinador do Sporting reconheceu a enorme exigência do adversário, mas garantiu que os leões estão preparados para impor o seu futebol e lutar pela vitória perante a família sportinguista.
O técnico leonino começou por destacar as características do FC Porto, frisando que é uma equipa “muito forte fisicamente, intensa, agressiva e poderosa nos duelos”. Apesar disso, assegurou que o Sporting não vai abdicar da sua identidade: “Temos de estar preparados para equilibrar o jogo no plano físico, mas depois impor o nosso estilo, a nossa forma de jogar e ser dominantes”.
Rui Borges acredita que o encontro será disputado a um nível altíssimo, entre duas equipas confiantes e em boa forma: “São duas equipas que estão confiantes e que jogam bem. Espero um grande jogo, em nossa casa, perante os nossos adeptos e que eles nos ajudem a ser superiores”. O treinador não escondeu que o fator casa poderá ter um peso extra, mas avisou que, num clássico, nada se decide de antemão.
Quanto às opções disponíveis, o treinador foi transparente: St. Juste está fora da convocatória, tal como Diomande, Morita e Maxi Araújo, que continuam entregues ao departamento médico. Por outro lado, deu uma boa notícia ao confirmar que Harder treinou a semana inteira e está totalmente apto para a exigência do clássico. Também Matheus Reis regressa, depois de cumprir suspensão, e volta a ser uma solução válida para a linha defensiva.
Questionado sobre as escolhas do adversário, Rui Borges não fugiu à análise: “Acredito que vai jogar o Samu. São características diferentes, mas o FC Porto não está fragilizado. Têm muitas soluções, muita qualidade e capacidade de resposta. Mas nós não olhamos para o individual, olhamos para o coletivo”. Uma afirmação que reforça a sua ideia de que o Sporting deve centrar-se em si mesmo e não nas condicionantes”
As palavras de Rui Borges mostram uma linha clara: o Sporting não vai cair na armadilha de tentar ser o que não é só porque o FC Porto é fisicamente imponente. A prioridade será manter o jogo posicional, a intensidade com bola e a mobilidade ofensiva, explorando a velocidade e criatividade dos homens da frente. Harder, agora confirmado como opção, pode ser um fator-chave na manobra ofensiva, ao dar profundidade e qualidade na ligação.
Mesmo com ausências de peso, o treinador demonstrou confiança total nos que vão a jogo. Não houve desculpas, apenas foco: “Temos soluções e temos de estar preparados. O coletivo é sempre mais forte do que o individual”.
Do outro lado estará um FC Porto que chega moralizado, confiante, mas também pressionado pela necessidade de mostrar superioridade. Rui Borges não escondeu respeito, mas ao mesmo tempo não deixou transparecer qualquer medo: a mensagem é clara — quem entrar em campo com a camisola do Sporting terá de lutar até ao limite, com coragem e intensidade.
O treinador leonino fez questão de sublinhar a importância dos adeptos. Amanhã, Alvalade será um vulcão, e Rui Borges sabe disso: pediu a força da bancada para que a equipa se agigante nos momentos mais difíceis. Em clássicos, a energia das bancadas pode decidir detalhes, e o Sporting conta com esse “12.º jogador” para equilibrar o peso das ausências no plantel.