Portugal foi abalado a 3 de julho pela notícia trágica que ninguém queria acreditar: Diogo Jota, estrela do Liverpool e da Seleção Nacional, e o irmão, André Silva, perderam a vida num violento acidente de viação. A morte dos dois jovens deixou não só o mundo do futebol em choque, mas também uma família dilacerada pela dor.
Em entrevista à revista TV 7 Dias, os avós paternos dos irmãos Silva abriram o coração e partilharam a forma como receberam a notícia. Deolinda Silva, avó dos jovens, confessou que teve de ser poupada ao impacto inicial da tragédia. Apenas foi informada mais tarde, já acompanhada por um médico, com receio de que a notícia pudesse afetar a sua saúde. “Se tivesse morrido um já seria uma grande tristeza, mas os dois é um grande desgosto”, desabafou entre lágrimas.
Já o avô de Diogo Jota viveu o choque de forma fria e inesperada. Sem qualquer aviso prévio da família ou amigos, acabou por saber do acidente pela televisão, aumentando o peso do luto. Um retrato duro de como, muitas vezes, a notícia de uma tragédia chega de forma abrupta, sem qualquer preparação emocional para a dimensão da perda.
Diogo Jota tinha casado poucos dias antes do acidente, deixando viúva a sua companheira de longa data e mãe dos seus três filhos pequenos. A dor estende-se ainda aos pais, familiares e amigos próximos, que viram a vida dos dois irmãos promissores ser interrompida de forma repentina. A tragédia trouxe um silêncio pesado a toda a comunidade que acompanhava de perto o percurso dos atletas.
Entre homenagens vindas de Portugal e do estrangeiro, a memória de Diogo Jota e André Silva continua viva. Mas, para os avós, que os viram crescer e se tornarem símbolos de orgulho familiar, a perda é irreparável. A forma como receberam a notícia apenas intensifica o sofrimento de um luto que nunca terá consolo.
