
O presidente do Benfica e candidato às eleições de 25 de outubro, Rui Costa, concedeu uma entrevista ao canal Now, onde abordou o momento da equipa antes do clássico com o FC Porto e comentou a importância deste jogo para a temporada e até para o ato eleitoral.
Sobre a preparação para a deslocação ao Estádio do Dragão, Rui Costa admitiu:
“Não foram semanas fáceis estas que antecederam este jogo. Ainda assim, por aquilo que tenho visto dos trabalhos e da evolução da equipa, estou bastante confiante.”
Questionado sobre se este clássico pode ser decisivo para a sua reeleição, respondeu:
“Não deveria ser, mas acredito que, pela parte emocional de um adepto, seja natural que a equipa estar ou não estar bem possa ser implicativo no desfecho. Ainda assim, enquanto presidente, a única coisa em que penso é na preparação da equipa e que possa sair do Dragão com a satisfação que os adeptos merecem.”
E se o resultado for negativo, Rui Costa manteve a serenidade:
“O Benfica fica mais atrasado no campeonato mas não perde nada para já. Estamos a falar de 7 pontos. Perdemos estes quatro pontos em casa que não deveríamos ter perdido e deixam-nos nesta situação. Mas nenhum campeonato se decide nesta jornada. Temos tido vários episódios ao longo dos últimos anos de alguma distância do 1.º, 2.º e 3.º classificados, mas não me passa pela cabeça e não vou estar a pensar que o jogo não nos vai correr bem, porque não vamos sair do Dragão com 7 pontos de atraso.”
Comparando os desafios frente ao Chelsea e ao FC Porto, deixou claro:
“São jogos diferentes, bastante diferentes. Um é internacional, de Champions e com um adversário que acabou de ser campeão do mundo.”
Confrontado com as palavras de Mourinho, que considerou o Chelsea um adversário mais difícil, Rui Costa respondeu:
“É o nosso treinador a falar e tem todo o conhecimento das equipas e do futebol. Os jogadores sabem que não há vitórias morais. Perdemos contra o Chelsea, mas ficámos com a consciência que a resposta foi boa, sobretudo dentro do que estavam a ser as prestações da equipa. Isso dá-nos a preparação psicológica para o jogo do Dragão, que não será fácil.”
Sobre se as declarações do técnico poderiam dar motivação extra ao FC Porto, reforçou:
“Quer dar gás aos seus jogadores, ao Benfica e é essa a sua função. Pouca gente neste mundo de futebol lhe pode dar lições do que é preparar jogos. Fico agradado que o meu treinador esteja tão otimista para o jogo no Dragão, mesmo sabendo que não é fácil e o que está em jogo. Fico satisfeito com a mensagem do nosso treinador e da confiança com que está para esse jogo. Temos de contar com isso.”
“Quando se chega a estes jogos, e posso falar como presidente, dirigente e jogador, a motivação já lá está. São jogos de alta motivação, de concentração. Confio muito nas mensagens passadas por José Mourinho para os nossos jogadores. É por aqui que importa pensar, é por aqui que importa preparar o jogo. Não a pensar no que o adversário está a pensar, mas naquilo que temos de resolver dos nossos problemas.”
Por fim, garantiu que uma vitória no clássico não terá impacto financeiro adicional para os jogadores:
“Os jogadores têm os prémios estipulados no início da temporada. Não é por mais ou menos prémio que um jogador do Benfica ou de outro clube qualquer vai estar, num jogo destes, a pensar nisso. Há prémios estipulados para classificações e é isso que vai acontecer.”








