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Francisco Laranjo fala sobre trabalhar com a mãe… e vencer: Foi um desafio, mas valeu a pena

Francisca Laranjo cresceu num ambiente marcado pelo jornalismo. Filha de Tânia Laranjo e de um repórter igualmente conceituado, neta de outro profissional da área, descobriu cedo a paixão pelas redações. A repórter da CMTV sempre soube que o apelido trazia um peso de responsabilidade, mas afirma com confiança: “Eu não sei se foi um momento exato. Lembro-me que tive aquelas aspirações de criança. Queria ser dançarina e achava que ia ser“. Anos depois, a curiosidade pelos bastidores da informação acabou por falar mais alto, levando à troca das sapatilhas de dança pelos microfones e blocos de notas.

Determinada em encontrar uma voz própria, estudou Comunicação após uma breve incursão por Direito – curso que, segundo Tânia Laranjo, “até te vai dar jeito” –, mas acabou por perceber que o destino era outro. “Estive lá três meses e um dia, depois de já ter chorado várias vezes, falei com ela e disse que já não queria mais aquilo”. A mudança levou a um mestrado em Espanha, com estágio no jornal El Mundo, onde enfrentou desafios num idioma que ainda não dominava. Mais tarde, a entrada na CMTV revelou-se uma prova de fogo. “Quando entrei na CMTV, tinha noção de: ‘Eu tenho que trabalhar mais do que os outros, porque tenho que provar mais’“, recordou em declarações à Nova Gente, admitindo que essa pressão se transformou num impulso para evoluir.

A infância passada entre redações moldou o olhar curioso e a sede de aprender. A jovem jornalista admite ter tido uma fase rebelde, mas também reconhece a influência da mãe na capacidade de responder às dificuldades. “Há sempre comparações. Mas talvez no primeiro grande caso que fiz e em que a minha mãe não estava lá, senti: OK, isto sou eu que estou a fazer sozinha”. O orgulho é recíproco. Tânia Laranjo não esconde a admiração pela filha trabalhadora. “Diz-me muitas vezes que tem orgulho de eu ser boa menina, de ser trabalhadora, de ser justa”.

Hoje, Francisca Laranjo continua a afirmar-se no jornalismo televisivo, sem perder o gosto pelas reportagens de rua. Confessa não se deixar afetar por críticas externas: “Quem gosta, gosta; quem não gosta, azar”. Entre madrugadas de trabalho e diretos exigentes, mantém viva a motivação e a lição que aprendeu em casa – a de que o esforço é o melhor argumento. “Ela sempre me puxou muito para a realidade, e o trabalho também nos puxa para a realidade”, conclui a repórter da CMTV, sem deixar dúvidas de que cada passo é feito por mérito próprio.

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