FC Porto

Villas-Boas e a arbitragem: “Não há VAR a 100% em Portugal”

André Villas-Boas, presidente do FC Porto, voltou a levantar questões sobre a credibilidade da arbitragem em Portugal, desta vez com foco na implementação do VAR, que considera desigual e insuficiente.

Em entrevista conjunta aos jornais O Jogo e JN, o líder portista lançou duras críticas ao sistema de videoarbitragem e à forma como é aplicado nos diferentes estádios da I Liga.

«Constatar que no futebol português há estádios que estão licenciados e que não operam a tecnologia VAR a 100% deveria obrigar a FPF e a Liga a posicionarem-se. Podemos dizer, factualmente, que não há VAR a 100% em Portugal. E se não há VAR a 100%, como poderemos ter um campeonato credível?», questionou.

Villas-Boas apontou ainda falhas técnicas recorrentes como o posicionamento e qualidade das câmaras, ou a luminosidade deficiente, que impedem uma avaliação justa de certos lances.

«Temos lances de fora de jogo decididos por três centímetros com frames deficitários», exemplificou.

Segundo o dirigente portista, o FC Porto já alertou formalmente a Direção da Liga, mas não obteve resposta.

«A Liga não se posicionou e a FPF nem se faz representar em vistorias aos estádios há algumas épocas», criticou.

Pedro Proença pode ser peça-chave na mudança

Questionado sobre se o novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, pode ser influente nesta matéria, Villas-Boas mostra-se esperançado:

«Sim, sobretudo se houver alinhamento com a Liga. A criação de uma nova entidade para a arbitragem, para profissionalizar o setor, pode fazer a diferença».

Entre os objetivos apontados pelo presidente azul e branco estão ainda um Conselho de Arbitragem mais célere nas justificações, um Conselho de Disciplina mais eficiente, e a criação de uma entidade reguladora da arbitragem, que possa assegurar padrões técnicos uniformes e credíveis.

Com estas declarações, Villas-Boas volta a colocar a arbitragem e o VAR no centro do debate do futebol nacional, apelando a reformas estruturais que, segundo o próprio, devem ser impulsionadas pelas instâncias máximas do futebol português.

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