Benfica

Tocha provocou o pânico antes dos disparos de balas de borracha: os momentos de tensão durante o clássico no Dragão

Apesar da diferença pontual que quase deixava de fora o FC Porto numa luta pelo título entre os dois rivais lisboetas, Benfica e Sporting, o último clássico da temporada iria sempre ter a habitual tensão neste tipo de jogos grandes e as provocações tinham começado antes do apito inicial. Na madrugada deste sábado, alguns elementos da principal claque dos encarnados, os No Name Boys, fizeram vídeos a rebentar petardos e a acender tochas vermelhas na Ponte D. Luís I antes de passarem pelo Museu dos dragões para mostrar uma tarja que dizia “Rumo ao 39. Estão à NNossa procura? Quando e Onde?”. Já na madrugada de domingo, a “resposta” dos Super Dragões, principal claque do FC Porto, surgiu através de outra tarja ao pé do Museu: “Fotos às 4 da manhã? Não temos os horários das vossas mães”. Os ânimos já estavam quentes.

À exceção de uma intervenção das forças policiais ao longo do cortejo que conduziu os adeptos do Benfica até ao Estádio do Dragão, de curta separação e apenas para separar adeptos dos dois clubes, tudo estava a correr de forma normal no clássico até ao momento do segundo golo de Pavlidis, no final da primeira parte.

Durante os festejos, e entre uma tarja dos Super Dragões exibida ao contrário no setor onde estavam todos os adeptos do Benfica na caixa de segurança para o clube visitante, foi arremessada uma tocha que passou a rede de proteção e caiu na bancada inferior dessa zona do Estádio do Dragão, provocando o pânico entre vários adeptos portistas com algumas crianças incluídas. No topo Norte, o Colectivo Ultras 95 protestaram com o sucedido e desceram pelas bancadas, num momento de maior tensão que mereceu intervenção policial. Foram mesmo disparadas algumas balas de borracha contra alguns adeptos.

Alguns associados do FC Porto com lugar na bancada nascente inferior quiseram reportar o sucedido, pelo perigo que correram com o arremesso de uma tocha para aquela zona do Estádio do Dragão. A existência de uma rede nessa espécie de caixa de segurança tem como função impedir que sejam arremessados qualquer tipo de objetos por parte da bancada destinadas aos adeptos visitantes, algo que acabou por acontecer.

Até ao final do jogo, entre assobios pelo que se passava em campo mais audíveis após o epílogo da partida que quase coincidiu com o 4-1 de Otamendi, os ânimos serenaram e foi sobretudo a frustração que tomou conta do Estádio do Dragão, com muitos adeptos dos azuis e brancos a começarem a deixar o recinto logo após o terceiro golo de Pavlidis, quando faltavam mais de 20 minutos para o fim.

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