André Ventura vaiado em manifestação de imigrantes em Lisboa: “Racista” e “fascista” ecoaram frente ao Parlamento
A manhã desta quarta-feira, 17 de setembro, ficou marcada por momentos de tensão em frente à Assembleia da República, em Lisboa. Centenas de imigrantes concentraram-se junto ao Parlamento para exigir mais direitos, respeito e dignidade, mas a chegada do líder do Chega, André Ventura, acabou por acender os ânimos
Ao aproximar-se da manifestação, Ventura foi imediatamente recebido com vaias e gritos de “racista” e “fascista” por parte dos presentes. Muitos consideraram a presença do dirigente político uma verdadeira provocação, tendo em conta o discurso firme do Chega contra a atual política de imigração.
Em declarações à comunicação social, André Ventura rejeitou as acusações de racismo. “Não estamos contra ninguém, queremos defender a democracia e Portugal”, afirmou, garantindo que a nova lei de estrangeiros “não serve para atacar ninguém”, mas sim para “colocar regras num país que estava sem regras de imigração”.
Visivelmente contestado pelos manifestantes, Ventura insistiu que quem chega a Portugal “tem de cumprir a democracia”. Sublinhou ainda que Portugal deve “receber apenas as pessoas que puder, e não permitir uma invasão”. Ao longo da sua intervenção, o líder do Chega acusou os imigrantes de insultarem os membros do partido “à frente da casa da democracia”.
“Estou a tentar falar com eles, mas eles não querem. Isto é que é a cultura do fascismo”, atirou Ventura, reforçando que os imigrantes em Portugal “têm de aceitar as regras do país”. A concentração terminou com protestos ruidosos contra o líder político, que deixou o local sob forte contestação.
