FC Porto

Anselmi reage à polémica noitada dos jogadores do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Estrela da Amadora, Martín Anselmi abordou a polémica noitada protagonizada por alguns jogadores do FC Porto, na sequência do aniversário de Otávio.

O treinador dos dragões aprovou as multas aplicadas na sequência da violação do regulamento interno do clube, lembra que este episódio tirou o foco do essencial que era a preparação da partida e destaca a importância de se manter o compromisso com a equipa.

“Antes de mais, gostaria de fazer uma reflexão sobre o tema. A pergunta é inevitável. O tema foi público. Nós, enquanto treinadores e líderes, pensamos neste tipo de episódios com diferentes linhas de reflexão. Por um lado, o FC Porto, como qualquer instituição, tem um regulamento. Esse regulamento não foi cumprido. A partir daí, quando as coisas não são cumpridas, marca-se uma falta e aplica-se uma multa, consoante os níveis dessa falta, desse erro. Parece-me bem. Para isso, existem as regras. Há outro ponto que me leva a pensar no regulamento, que está inerente às responsabilidades. O regulamento diz que os jogadores têm de estar até determinada hora, mas o que me diz a mim que não estão com a cabeça noutro sítio. Não sei. O que me importa é o compromisso. Não é para comigo, é para com o clube, para com os adeptos, para com a profissão. Estamos a falar de compromisso enquanto companheiros. A equipa é sempre o mais importante, para resumir isto de alguma forma. Para fazer parte desta equipa, temos de ser nós mesmos, em prol da equipa, sempre para o bem da equipa. Este tipo de episódios, que se tornam públicos, levam a que uma equipa, com um foco em determinado objetivo, possa ser prejudicada. Por fim, como líder, não me serve de nada outra coisa que não o compromisso, de todos os que estão no balneário. Tenho de recolocar o foco da equipa em ganhar o jogo da próxima semana. O FC Porto que queremos não aceita faltas de compromisso, queremos gente focada”, afirmou.

“É uma geração de seres humanos e com a velocidade que se vive hoje, pensa-se pouco. Também penso como pai, fui criado de uma forma e não crio os meus filhos como me criaram a mim, porque o mundo muda. Tínhamos valores muito firmes, tento inculcar os mesmos valores, mas neste mundo vive-se a grande velocidade. Agora não tem de se esperar para nada, nem para ver um programa de televisão. As coisas custam. Antes o meu pai dizia-me que tinha de me esforçar, de lutar pelo que queria… Nasci com isto, tento passar isso aos meus filhos e estes jogadores não são meus filhos. Cada ação que temos na vida traz consequências, boas ou más. Entendo o contexto e onde estou, é determinante perceber isso. O privilégio de defender estas cores traz obrigações, responsabilidades e compromisso. Há que entender e contextualizar a sorte que temos”, acrescentou.

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