Benfica exige suspensões dos árbitros da final da Taça de Portugal

O Benfica, no seguimento do acórdão do Conselho de Disciplina da Federação de Portuguesa de Futebol que castigou Matheus Reis com cinco jogos de suspensão por pisão a Belotti na final da Taça de Portugal, emitiu este sábado um comunicado exigindo respostas, transparência e responsabilização às entidades que tutelam o futebol português perante a final da Taça de Portugal, pois estes «factos não podem ser relativizados, ignorados ou branqueados».
No comunicado no site oficial dos encarnados, é referido que os erros cometidos pela equipa de arbitragem tiveram «impacto direto no resultado da partida» e que esses mesmos erros «privaram» o Benfica da conquista da Taça de Portugal.
Assim, as águias exigem a «suspensão imediata dos quadros da arbitragem de todos os elementos envolvidos neste colossal erro de avaliação e julgamentou» e garantem que a equipa jurídica do Benfica já está a trabalhar em «outras ações no âmbito da justiça desportiva, tanto em território nacional como internacional, para garantir que este caso não fica sem consequências exemplares».
«Quem demonstra tamanha incompetência e falta de critério não pode continuar a intervir em jogos profissionais. A sua continuidade em funções seria um insulto ao futebol português e à sua credibilidade», pode ler-se ainda no comunicado.
O comunicado na íntegra
«Em face do recente acórdão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, fica claro que a verdade desportiva foi gravemente adulterada na final da Taça de Portugal 2024/25.
O conteúdo da decisão confirma, de forma inequívoca, que os erros cometidos pelo VAR Tiago Martins e pelos AVAR Vasco Santos e Sérgio Jesus tiveram impacto direto no resultado da partida e colocaram em causa a integridade da competição.
Sem meias-palavras: esses erros privaram o Benfica de um título que era seu por mérito e desempenho estritamente desportivo.
Estes factos não podem ser relativizados, ignorados ou branqueados. O Sport Lisboa e Benfica exige a suspensão imediata dos quadros da arbitragem de todos os elementos envolvidos neste colossal erro de avaliação e julgamento.
Quem demonstra tamanha incompetência e falta de critério não pode continuar a intervir em jogos profissionais. A sua continuidade em funções seria um insulto ao futebol português e à sua credibilidade.
O Clube informa ainda que, com o apoio da sua equipa jurídica, está já a trabalhar noutras ações no âmbito da justiça desportiva, tanto em território nacional como internacional, para garantir que este caso não fica sem consequências exemplares.
O Sport Lisboa e Benfica tudo fará – dentro dos canais legais e institucionais – para defender os interesses do Clube, os princípios da competição e o respeito pelos seus adeptos.
A verdade desportiva não se contorna nem se arquiva. Defende-se, sem hesitações.
Em face do exposto, perante tudo o que sucedeu no final da época passada e o arranque de uma nova temporada, o Sport Lisboa e Benfica exige esclarecimentos urgentes e que se assumam responsabilidades.
Nesse sentido, o Clube dirige publicamente as seguintes questões às entidades que tutelam o futebol português:
Para quando uma pronúncia pública por parte do Conselho de Arbitragem sobre os acontecimentos que marcaram a final da Taça de Portugal?
Que consequências concretas retiram os responsáveis do futebol português face à gravidade deste caso?
Que conclusões tira a Federação Portuguesa de Futebol de uma reforma da arbitragem apresentada como resposta à exigência de mudança, mas que se revela claramente insuficiente perante os desafios do futebol moderno?
Para quando a divulgação pública dos áudios do VAR relativos à final da Taça de Portugal, formalmente requerida pelo Sport Lisboa e Benfica no passado dia 26 de maio?
Haverá, de facto, consequências para erros que não se limitam à negligência, mas que podem revelar indícios de dolo?
O Sport Lisboa e Benfica continuará a exigir respostas, transparência e responsabilização. O silêncio e a inação não servem o futebol português. A verdade desportiva exige compromisso, coragem e consequências.»