O Tirsense saiu de Barcelos com uma pesada derrota diante do Benfica (0-5), na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, e Emanuel Simões não escondeu a frustração pelo resultado, mas fez questão de contextualizar a diferença entre os dois mundos que se defrontaram esta quarta-feira.
«O primeiro lance de perigo até é nosso. Houve ali alguma atrapalhação e podíamos ter feito melhor. Se calhar o desfecho seria o mesmo, mas tornaríamos o jogo mais vivo. A ideia inicial não estava a sair e, embora pareça estranho, acho que estivemos melhores na segunda parte», começou por analisar o técnico da formação do Campeonato de Portugal.
Para Emanuel Simões, a dimensão física foi determinante: «Estão a tocar-se os extremos do futebol e isso fez toda a diferença. Substituí três jogadores já esgotados. É normal. Estamos a falar de uma equipa super profissional, líder do campeonato português, contra uma equipa que até há pouco estava a lutar para não descer aos distritais».
O treinador do Tirsense não escondeu que esperava mais alterações no onze do Benfica, vendo nisso um sinal de respeito dos encarnados: «Esperávamos mais mudanças e isso mostra o respeito. O problema foi o ‘timing’. Tivemos três dias de preparação. Basicamente foi um treino… muito curto».
Questionado sobre a segunda mão da eliminatória, agendada para o Estádio da Luz, Simões foi realista, mas com algum sentido de humor à mistura:
«Se virmos que o Benfica há dias ganhou 4-1 contra uma das maiores equipas de Portugal [o FC Porto], podemos dizer que 5-0 não foi assim tão mau».
Ainda assim, reconheceu que o resultado «foi mau» e que «a eliminatória está fechada», restando agora «potenciar a imagem do clube» na segunda mão.
