
O caso do desaparecimento de Mónica Silva, na Murtosa, continua a gerar grande polémica e atenção mediática. Após a absolvição de Fernando Valente pelo tribunal de Aveiro, o Ministério Público (MP) decidiu avançar com um recurso, considerando a decisão injusta e mal fundamentada. A peça processual será entregue no Tribunal da Relação do Porto, onde será avaliada a possibilidade de reverter a sentença de absolvição.
Segundo informações avançadas pelo Correio da Manhã, o recurso do MP critica duramente a apreciação feita pelo tribunal de júri em Aveiro. Em causa estão alegadas contradições insanáveis entre os factos considerados provados e os não provados, além de erros considerados graves na interpretação da prova apresentada durante o julgamento. Para o Ministério Público, a absolvição não corresponde à gravidade das evidências.
O documento entregue solicita que Fernando Valente seja condenado a 25 anos de prisão, em cúmulo jurídico, pelos crimes de homicídio qualificado, aborto, ocultação e profanação de cadáver e acesso ilegítimo. Trata-se de um conjunto de acusações de elevada gravidade, que, a serem validadas pela Relação, poderão alterar radicalmente o desfecho deste processo.
Este caso tornou-se mediático desde o desaparecimento de Mónica Silva, não só pelo mistério em torno das circunstâncias, mas também pela ligação emocional da comunidade local à jovem. A família, que tem acompanhado de perto todo o processo, mantém a esperança de que a justiça possa finalmente responsabilizar o arguido, caso se venha a confirmar a sua culpa.
Com o recurso já pronto e prestes a ser entregue, a decisão do Tribunal da Relação do Porto poderá ser determinante para o futuro de Fernando Valente. O desfecho deste processo poderá marcar um novo capítulo num dos casos criminais mais falados em Portugal nos últimos anos, sendo acompanhado com expectativa por familiares, especialistas e pelo público em geral.








