Caso Mónica Silva: Manuel Valente acusa Sara e Filomena de tentativa de incriminação ao filho

Durante a segunda sessão do julgamento do processo de difamação movido por Fernando Valente contra a irmã gémea e a tia de Mónica Silva, o pai do arguido, Manuel Valente, prestou declarações contundentes. O empresário afirmou que Sara e Filomena foram as responsáveis por incriminar o filho junto da comunicação social, contribuindo para um verdadeiro inferno mediático
O advogado da família de Mónica Silva, António Falé de Carvalho, questionou Manuel Valente sobre a razão de considerar que estas duas mulheres incriminaram o filho. O pai de Fernando explicou que eram elas quem davam entrevistas e forneciam informações aos jornalistas, sem que o seu filho estivesse envolvido em qualquer ato relacionado com o desaparecimento de Mónica Silva. «O meu filho não está envolvido em caso algum. Isto prejudicou-o», afirmou Manuel.
Manuel Valente descreveu ainda como os familiares de Mónica se deslocavam à casa do filho e falavam diretamente com ele, enquanto ele próprio permanecia alheio à situação. Segundo Manuel, os rumores e acusações eram constantemente divulgados pela comunicação social, com destaque para a CMTV, e muitas das notícias tinham origem nas declarações de Sara e Filomena.
O pai de Fernando deu exemplos do tipo de alegações que circulavam na imprensa, incluindo acusações de que o seu filho poderia estar envolvido no desaparecimento de Mónica Silva, com comentários sobre poços e outras ações que nunca ocorreram. Manuel Valente lamentou que a comunicação social tenha amplificado estes boatos, reforçando a pressão sobre a família e manchando a reputação do filho.
Durante o julgamento, a juíza impediu que Manuel Valente comentasse certos detalhes sobre boatos envolvendo Sara e Mónica, alegando que não eram objeto direto do processo. No entanto, as declarações de Manuel Valente evidenciam a tensão entre familiares e mídia e a alegada influência das duas mulheres na criação de uma narrativa prejudicial ao seu filho.