
Frederico Varandas foi suspenso durante quase dois meses. Depois de uma queixa da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), devido às declarações do Presidente numa entrevista à Sporting TV, a 21 de fevereiro, o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu castigar o líder leonino.
O acórdão da decisão foi publicado na passada sexta feira e revela que o castigo inicial afastava Varandas durante 68 dias, mas que, devido ao “bom comportamento” do Presidente do Sporting, a pena foi atenuada para 51 dias, além do pagamento de uma multa de 8.568 euros. No entanto, os leões vão recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
O motivo do castigo deve-se ao líder máximo do Clube de Alvalade ter apontado o facto de alguns árbitros apitarem condicionados, criando desigualdade entre as equipas. Varandas deu exemplo de Tiago Martins no duelo entre Famalicão e Porto.
“Teve uma decisão onde anulou um golo ao Porto e marcou um penálti para o Famalicão. Foi uma decisão correta do Tiago Martins! O Porto perdeu pontos e depois vimos uma comunicação ‘old school’ que já vimos várias vezes e foi pedida uma reunião ao Conselho de Arbitragem… Houve muito ruído e tudo a bater no Tiago Martins… Depois, ele voltou a apitar o Nacional – Porto e há uma entrada para cartão vermelho e o mesmo Tiago Martins mostra cartão amarelo. O VAR chamou-o e o Tiago Martins manteve esse amarelo. Não tenho dúvidas que tomou a decisão por ter sido condicionado”, disse, à data.
José Borges, presidente interino do CD da FPF de Pedro Proença, contactado pela Antena 1, garantiu que: “Gostava que (Varandas) não fosse castigado, porque isso seria sinal de que não foram assim tão graves [as declarações]. Não foi essa a intenção”.