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Cores em alerta: dois sismos abalam a ilha Terceira é aumentam medo da crise sismovulcâniva

A terra voltou a tremer na ilha Terceira, nos Açores. O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) confirmou que dois sismos de magnitude 2,1 e 2,2 na escala de Richter foram registados esta segunda-feira, 20 de outubro, como parte da crise sismovulcânica que assola a região desde junho de 2022. Os abalos ocorreram por volta das 20h50 locais (21h50 em Lisboa), e foram sentidos principalmente no concelho de Angra do Heroísmo, provocando alguma apreensão entre os residentes.

Segundo o CIVISA, os epicentros dos sismos localizaram-se a cerca de três quilómetros a lés-sudeste de Serreta e a três quilómetros a nordeste de Doze Ribeiras. Embora de baixa magnitude, os eventos foram sentidos com intensidade máxima III/IV na escala de Mercalli Modificada — o que significa que os tremores foram percecionados dentro de habitações, com vibrações semelhantes às provocadas pela passagem de veículos pesados, podendo fazer baloiçar candeeiros e objetos suspensos.

Os especialistas reforçam que, apesar de não haver motivo imediato para alarme, esta atividade sísmica está diretamente relacionada com o fenómeno sismovulcânico ativo na Terceira há mais de dois anos. Desde 2022, centenas de micro e pequenos sismos têm sido registados, resultado de movimentos magmáticos em profundidade. A monitorização é constante e as autoridades locais mantêm planos de emergência atualizados, sobretudo para as freguesias situadas nas zonas de maior risco geológico.

De acordo com a escala de Richter, sismos entre 2,0 e 2,9 são classificados como “muito pequenos”, mas a sua ocorrência frequente reforça a necessidade de vigilância e preparação da população. Já a escala de Mercalli Modificada mede o impacto sentido pelas pessoas e estruturas. No grau IV, considerado moderado, os carros estacionados podem balançar e os vidros tilintam, sendo esse o nível máximo registado até ao momento. O CIVISA e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) continuam a acompanhar a situação, garantindo que qualquer alteração significativa na atividade sísmica será prontamente comunicada.

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