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Divórcio total entre Sporting e Gyokeres

As dúvidas relativamente a uma real degradação da relação já eram mínimas, mas, depois do sucedido este domingo, dissiparam-se. Já não há, mesmo, volta a dar: o divórcio entre o Sporting e Viktor Gyokeres é um facto consumado e as declarações do presidente Frederico Varandas à entrada para a última Assembleia-Geral do clube foram a gota de água – se é que água no copo ainda precisava de mais gotas para transbordar.

A permanência do goleador sueco em Alvalade era, decerto, um sonho dos adeptos, mas, se já era muito difícil de realizar, a sentença de Varandas demonstrou que contar com Gyokeres por mais uma época (ou até 2028, ano limite do atual contrato) é, hoje, uma impossibilidade.

Com um discurso coerente, incisivo e, até, impactante, Varandas começou por salientar que, ao contrário do que se possa pensar, não anda nisto há dois dias. Sublinhou, aliás, que, entre funções clínicas e diretivas, está no futebol há 20 anos e que, portanto, já passou por «muitos dramas de mercado».

É neste plano que, desde logo, faz (e bem!) um resumo do que está a ser esta janela de transferências em Inglaterra e, em particular, no Arsenal, dando como exemplo o caso de Zubimendi, «que tem menos seis meses que o Viktor e que foi para o Arsenal por 65 milhões».

Ao mesmo tempo (e, também, bem!), destaca que nunca cortará às pernas aos sonhos de Gyokeres com outros voos, isto desde que os interesses do Sporting, que, até, «não precisa de vender, como noutros tempos», não sejam postos em causa.

Com exceção para a referência à hipótese de Gyokeres poder surgir «contrariado» caso tenha de ser integrado nos trabalhos de pré-época em Alcochete, Varandas não aponta o dedo ao jogador. Pelo menos, não o faz diretamente. Sendo que, na mira, também estará sempre Gyokeres quando o alvo das balas disparadas é o seu empresário.

E é no agente do sueco que Varandas foca o seu ataque, com uma frase que deixa poucas dúvidas: «Acredito que ele possa sair, a não ser que tenha o pior agente do mundo.»

Para trás, fica a alegada promessa feita há um ano a Gyokeres por alguém da estrutura do Sporting, garantindo que, se permanecesse mais uma temporada (a de 2024/2025) em Alvalade, o clube o deixaria sair este verão, caso recebesse proposta de 70 milhões.

Não será coincidência que Varandas repita, sempre que pode, que «por 60+10» Gyokeres não sai… No espaço da última época, algo falhou na comunicação entre partes.

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