Sporting responde aos castigos impostos pelo Conselho da Disciplina e ataca “rivais”

O Sporting partilhou um comunicado, onde colocou em causa as mais recentes decisões do Conselho da Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Na nota, os leões fazem comparações com F. C. Porto e o Benfica e apontam para uma “imparcialidade” nas medidas adotadas.
Na missiva, divulgada esta terça-feira, os leões consideram que as mais recentes deliberações “colocam em causa a integridade das competições e a credibilidade da justiça desportiva” e que há uma dualidade de critérios por parte dos responsáveis do Conselho da Disciplina no momento de tomar certas decisões.
“O Sporting Clube de Portugal continua a ser, hoje, exatamente aquilo que sempre foi: um clube que defende a independência das instituições que tutelam o futebol. Essa independência é essencial para que essas entidades atuem de forma objetiva, credível e equitativa, permitindo que, dentro das quatro linhas, os clubes possam competir em igualdade de circunstâncias – sendo a única desigualdade aquela que resulta do mérito desportivo”, começam por escrever, analisando, seguidamente, aquela que julgam ser uma desigualdade de tratamento relativamente aos rivais”, referem.
Entre os casos enumerados encontra-se o castigo aplicado de um jogo aos atletas Debast, Quenda e Esgaio pela expressão “Chupa c**”, em contraste aos 408 euros de multa aplicados a António Silva por ter dito “Chupa” no corredor de acessos aos balneários num duelo frente ao F. C. Porto.
No seguimento, os leões voltam a estabelecer um termo comparativo, neste caso entre o dirigente leonino, Frederico Varandas, e os presidentes de F. C. Porto e Benfica, considerando que houve “imparcialidade” em certas decisões.
“O presidente do Sporting CP foi suspenso por 51 dias por decisão datada de 03/04/2025”, apontam, lembrando que o castigo atrasou um dia para se iniciar, impossibilitando a presença do dirigente leonino de aceder à zona técnica no embate da final da Taça de Portugal.
Por outro lado, assinalam casos em que “o presidente do SL Benfica confrontou e dirigiu várias acusações contra o presidente da FPF na tribuna do Jamor” e “o presidente do F. C. Porto acusou publicamente o presidente do Sporting CP de ‘coagir árbitros'”, realçando que o resultado destas ações foram processos disciplinares instaurados contra Frederico Varandas, algo que não aconteceu aos “rivais”.
O Sporting aborda, ainda, a distorção da teoria “field of play” nos castigos aplicados a Harder e Matheus Reis e, por fim, informam que os contratos de trabalho de certos jogadores e outros documentos sigiliosos por pouco não caíram nas mãos do Benfica e César Boaventura.
“No âmbito do processo disciplinar instaurado contra o jogador Matheus Reis – na sequência de uma participação disciplinar apresentada pelo SL Benfica e por César Boaventura com base num vídeo em que alegadamente profere determinadas declarações junto ao autocarro da equipa – o Conselho de Disciplina juntou aos autos os contratos referentes à contratação dos jogadores Matheus Reis, Viktor Gyökeres, Morten Hjulmand e Geovany Quenda, incluindo os respetivos contratos de transferência, contratos de trabalho e contratos de intermediação com agentes de futebol”, referem.
“Não fosse a pronta intervenção da Sporting SAD no sentido de os documentos serem imediatamente desentranhados dos autos, o SL Benfica e César Boaventura teriam tido – presumindo que não tiveram – acesso a documentos confidenciais com segredos comerciais do Sporting CP e dados pessoais dos jogadores devido à decisão do Conselho de Disciplina da FPF de juntar aos autos elementos totalmente irrelevantes e desconexos com o objeto do processo disciplinar. Pergunta-se: a que propósito se expõem contratos confidenciais num processo disciplinar com base num vídeo?”, acrescentam, terminando com a seguinte mensagem: “Os factos e a sua disparidade falam por si”.