Ex técnico adjunto do Sporting deixa um aviso a Rui Borges sobre craque dos leões: tem de diminuir intensidade dos treinos

Ousmane Diomande assinalou o início do período de Ramadão, ritual sagrado para todos os muçulmanos, que começou na sexta-feira e vai prolongar-se até 30 de março. Jorge Castelo, especialista em metodologia do treino, adianta que os efeitos do jejum devem ser geridos com pinças por Rui Borges e que o mesmo deve diminuir a intensidade dos treinos com o jogador.
O professor aniversário admite que esta “é uma situação que incomoda o treinador, mas não é tão dramática como há alguns anos”, começa por referir ao jornal Record: “Há alimentos que entram mais depressa no sangue. A carne, por exemplo, demora três horas. Não é por acaso que, quando há prolongamentos, vemos jogadores ingerir bebidas energéticas. O sódio e as vitaminas são assimiladas mais rapidamente e não estamos a falar de doping”, explicou.
O antigo técnico adjunto do Sporting também fala em cuidados na preparação. “Por vezes, é preciso diminuir a intensidade dos treinos para os atletas que cumprem o Ramadão”, adianta, reforçando a ideia de que os clubes estão hoje “mais preparados” para estas situações. “Quando contratam um jogador, os clubes sabem os seus rituais religiosos”, completou.
Também Cláudio Borges, treinador de performance individual na Boost Campus Academy, aconselha Rui Borges a ter cautelas com o jogador: “É preciso fazer uma monitorização mais rigorosa e haver sensibilidade da parte do treinador para perceber que não pode haver uma exigência tão forte com ele no treino”.
Na presente temporada, Ousmane Diomande – avaliado em 40 milhões de euros – foi utilizado em 34 partidas: 21 na Liga Portugal Betclic, nove na Liga dos Campeões, duas na Taça da Liga, uma na Taça de Portugal e outra na Supertaça. O jovem de 21 anos disputou 2.688 minutos e marcou dois golos, não somando qualquer assistência na conta pessoal.