Exclusivo Leonino – Jorge Gabriel critica saída de Amorim do Sporting e defende nova regra

Jorge Gabriel ficou muito insatisfeito pela forma como Ruben Amorim saiu do Sporting para o Manchester United, em novembro de 2024. Em declarações exclusivas ao Leonino, o adepto do Clube de Alvalade pede que se regulamentem “urgentemente” as saídas dos treinadores a meio da temporada e deixa ainda rasgados elogios ao trabalho realizado por Rui Borges desde que chegou ao comando dos leões.
Jorge Gabriel: “Saída de Amorim? Os jogadores, emocionalmente, terminaram ali a época”
“Sabemos exatamente em que estado ficou o Sporting quando Ruben Amorim saiu. Os jogadores, emocionalmente, terminaram ali a época. E foi notório a profunda desilusão com que os jogadores do Sporting ficaram. Percebia-se no semblante dos jogadores que não havia alegria em jogar futebol, porque o desapontamento foi mais que muito”, começa por afirmar.
O apresentador fala em regras diferentes para técnicos e atletas: “Se os jogadores de futebol não podem sair quando lhes apetece, o mesmo deve aplicar-se aos treinadores e a qualquer elemento da equipa técnica de uma equipa de futebol. Não é porque aparece uma proposta que um treinador abandona a sua equipa, para ir treinar outra, seja em que campeonato for. Até para ganhar menos dinheiro, não é isso que está em causa. É apenas porque isto não pode ser ao sopro do ‘me apetece’. Isto tem que ser regulamentado e urgentemente”.
Jorge Gabriel: “Não é porque aparece uma proposta que um treinador abandona a sua equipa”
Jorge Gabriel lembra a forma como o Clube de Alvalade contratou Ruben Amorim ao Braga, em março de 2020: “Também não fiquei satisfeito, e digo-o como amante do desporto, com aquilo que o Sporting fez ao Braga. Ou seja, nas costas dos outros vejo as minhas. E se não gostei daquilo que o Sporting fez ao Braga, naturalmente também não fiquei satisfeito com aquilo que ocorreu entre o Sporting e o Manchester United”.
Por outro lado, elogia a forma como Rui Borges – que vai promover alterações no lote de capitães – assumiu a liderança dos verdes e brancos, em dezembro passado, e faz um balanço muito positivo: “Mesmo que o Sporting não tivesse sido campeão e ganho a Taça de Portugal, aquilo que Rui Borges fez é de extremo valor. Quando chegou, o Sporting esteve no fio da navalha, quer no campeonato, quer na Taça. E a gestão do balneário pós-Rubem Amorim foi muito ingrata para João Pereira, mas também foi muito ingrata para Rui Borges”.
A terminar, Jorge Gabriel lembra a “onda inusitada de lesões a que o Sporting foi acometido”, ao longo da época, e “que Rui Borges foi gerindo da melhor forma que soube”: “Lembre-se que Gyokeres esteve imenso tempo fora, Pedro Gonçalves esteve meses fora, Nuno Santos e Daniel Bragança ainda estão fora e Morita esteve intermitente. São jogadores que fazem a diferença. Portanto, aquilo que este Sporting foi capaz, face às suas circunstâncias, foi muito acima daquilo que era expectável que o Sporting conseguisse”, termina.