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Fernando Mendes celebra 22 anos à frente d’O Preço Certo”: “O coração vale mais do que o dinheiro”

Aos 62 anos, o apresentador celebra mais de duas décadas no comando d’O Preço Certo e garante que a paixão pelo formato se mantém intacta.

Em entrevista à TV 7 Dias, durante um evento do Grupo Nabeiro, o comunicador mostrou-se sorridente e refletiu sobre a forma como a sua história de vida se funde com a do concurso da RTP. “Sinto-me felicíssimo porque gosto mesmo de fazer aquilo. Muita gente pergunta se estou cansado, se estou farto. Não, porque tem a ver comigo. O público ainda gosta, continua a ser dos programas mais vistos da televisão portuguesa. E sinto-me bem a fazê-lo, sinto que o povo está ali representado, é o nosso país real”, afirmou.

Mendes destacou ainda a importância do improviso no formato: “Não tenho um texto para estudar. É quase tudo improviso, o que para mim é ótimo”.

Quando começou, em 2002, a versão portuguesa do programa era mais rígida. “No primeiro dia era obrigado a dizer as regras todas como queriam. Comecei a dizer à minha maneira, e não foi fácil. Os ingleses que acompanhavam o formato diziam que não podia ser assim. Mais tarde, quando viram que resultava, começaram até a pedir que fosse feito da mesma forma nos outros países”, recordou. Segundo o apresentador, nove países acabaram por adotar a fórmula portuguesa, escolhendo atores ou comediantes para conduzir o concurso em vez de apresentadores tradicionais.

Ao longo de 22 anos de gravações, Fernando Mendes acumulou memórias de todos os géneros. Entre os mais tristes, destaca as homenagens a figuras queridas que já partiram. “É duro quando temos que fazer homenagens a pessoas queridas”, lamentou.

Mas também houve episódios caricatos que ficaram na história do programa. “Uma vez trouxeram-me uma sapateira viva, nem sabia como lhe pegar. Outra vez trouxeram galinhas e elas começaram a fugir pelo estúdio”, contou, acrescentando que muitos presentes acabam nas mãos de colecionadores ou, no caso de alimentos, saboreados pela equipa.

Questionado sobre possíveis mudanças de canal, o apresentador foi firme: “A lealdade falou mais alto. Já tive convites que me deixaram tentado, sobretudo a nível financeiro. Mas achei que não era bonito. Seria uma falta de ética da minha parte abandonar um público fiel e um programa que me acolheu. Nunca pensei noutra coisa. Foi este programa que me fez ser um dos principais rostos da RTP e só tenho de agradecer à estação e à Fremantle, que produz O Preço Certo. Para mim, o coração vale mais do que o dinheiro”.

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