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Guião falhou no plano Félix: negócio-relâmpago surpreendeu o Benfica

O Benfica bem tentou, mas o regresso de Félix à Luz este verão acabou por não se materializar, e o jogador vai prosseguir a carreira no Médio Oriente, ao serviço do Al Nassr. As negociações entre o Benfica e o Chelsea nunca foram fáceis, é certo, mas, desde a primeira abordagem das águias junto do emblema londrino, na abertura do mercado de transferências, até aos últimos dias, as posições entre os dois clubes foram-se aproximando gradualmente, fruto do esforço financeiro a que a cúpula encarnada estava disposta a sujeitar-se para levar o negócio para a frente.

A SAD benfiquista avançou, numa primeira fase, com uma proposta de 20 milhões de euros por metade do passe de Félix. O Chelsea não se deixou convencer pelos valores que estavam em cima da mesa, até porque, há um ano, tinha pagado 52 milhões de euros ao Atlético de Madrid pela transferência do jogador. As águias, determinadas em reforçar o plantel às ordens de Bruno Lage para esta temporada, subiram a proposta de 20 para 25 milhões de euros por 50 por cento do passe de Félix, com o intuito de se aproximarem da avaliação que o Chelsea fazia do médio-ofensivo.

Os blues, no entanto, queriam garantias futuras de que poderiam receber um encaixe significativo num prazo mais curto e transmitiram essa intenção às águias, que, então, subiram a parada para os 35 milhões de euros por 70 por cento do passe. A proposta renovada do Benfica deixou as partes mais próximas de um acordo, mas, quando tudo parecia encaminhar-se para que Félix consumasse o regresso à Luz, o Al Nassr entrou em cena de forma repentina e garantiu a contratação do internacional português, que vai juntar-se a Cristiano Ronaldo e a Jorge Jesus, duas figuras que reúnem grande admiração do médio-ofensivo e que foram decisivas para o desfecho pelas conversas telefónicas que mantiveram com o jogador. As águias sabiam do interesse de alguns emblemas sauditas em Félix, mas o jogador havia manifestado a sua intenção, junto dos responsáveis encarnados, de recusar propostas do Médio Oriente para voltar à liga portuguesa. Foi, por isso, com surpresa que a direção liderada por Rui Costa encarou o negócio-relâmpago entre o Chelsea e o Al Nassr, quando o acordo com o clube londrino parecia cada vez mais próximo. A pujança financeira do Al Nassr acabou por imperar, no final, principalmente junto do Chelsea. O clube treinado por Jorge Jesus avançou com uma proposta de 30 milhões de euros fixos, porém, os sauditas comprometeram-se a pagar mais 20 milhões de euros mediante o cumprimento de objetivos relativamente fáceis de atingir, até porque Félix assinou um contrato de apenas duas temporadas com o Al Nassr.

Salário de 13,5 milhões de euros

João Félix, que já se juntou à comitiva do Al Nassr na Áustria, vai receber um salário de cerca de 13,5 milhões de euros limpos anuais, mais alguns objetivos – podendo chegar aos 30 milhões nos dois anos com os referidos objetivos. Ou seja, olhando apenas para o valor fixo, vai ganhar quatro vezes e meia mais do que ganharia no Benfica, onde teria um contrato de 3 milhões de euros limpos anuais. Félix assinou um contrato válido por duas épocas com o Al Nassr, sendo que estará, assim, livre em 2027 e com o passe na mão. Portanto, livre para fazer as suas escolhas no panorama europeu.

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