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Gyokeres admite que se sentia «invencível» com Amorim no Sporting

Terminada a temporada e com a conquista do bicampeonato, Viktor Gyokeres fez um pequeno balanço de época e comentou a mudança de treinadores, passando de Ruben Amorim para João Pereira e Rui Borges, mas começou por falar sobre a onda de lesões no plantel.

«Sim, foi um momento difícil, mas acho que todos fizemos muitos jogos durante um longo período e depois esse tipo de coisas pode acontecer. Também mudámos de treinador duas vezes, tivemos três. Depois, pode mudar a forma de treinar ou a frequência de treino e é claro que isso pode afetar o corpo. Sim, tentámos tirar o melhor da situação, foi um período difícil, mas ultrapassámo-lo e ainda terminámos em primeiro lugar do campeonato», começou por dizer, em entrevista à SIC, lembrando as 11 vitórias em 11 jogos no campeonato com Amorim.

«Se nos sentíamos invencíveis com Amorim? Sim, acho que quando estamos nesse tipo de momento em que continuamos a ganhar entramos com a mesma mentalidade de todos os jogos e continuamos a fazer as mesmas coisas e com o mesmo ritmo. Foi isso que sentimos quando íamos para os jogos. É possível ter esse tipo de momentos, não sei se teríamos mantido o mesmo nível durante toda a temporada, porque penso que é muito normal no futebol haver fases da época em que talvez se ganhe todos os jogos e depois há um período em que é mais difícil. É claro que temos sempre a mentalidade de querer ganhar todos os jogos, mas como já vimos no futebol, nem sempre acaba assim. Penso que é muito difícil passar uma época inteira sem perder um único jogo, como se pode ver na história, penso que poucas equipas o fizeram. Uma coisa é ganhar muitos jogos e outra coisa é passar uma época toda sem perder um jogo», explicou, lamentando a saída do atual treinador do Manchester United.

«Claro que era algo que nós, enquanto grupo de jogadores, não queríamos. Obviamente, como tu já disseste, estávamos a voar e a ganhar todos os jogos do campeonato e a ir bem na Champions League também. É claro que foi um momento triste, mas compreendemos totalmente a sua decisão e não houve ressentimentos. Falámos com ele e com todos os jogadores. Foi tudo muito claro e não houve ressentimentos», garantiu, explicando as razões pelas quais João Pereira não funcionou no Sporting.

«Penso que talvez seja difícil adaptarmo-nos rapidamente a meio da época. Penso que talvez tivesse sido diferente se fosse uma nova época, com uma pré-época completa, mas chegar de imediato e especialmente quando se chega a uma equipa em que está tudo bem e em que estamos a fazer uma trabalho fantástico em todos os jogos, acho que é difícil manter esse nível. Infelizmente, tivemos alguns jogos difíceis durante esse período e não jogámos bem. Pode ter sido [um problema] mental, claro, com o que aconteceu, mas pode ter sido também um desses períodos», justificou, falando também sobre a chegada de Rui Borges.

«Estávamos um pouco mais experientes com a mudança de treinador, porque era a segunda vez a acontecer. Portanto talvez tenha sido um pouco mais fácil desta vez, aceitar a mudança e adaptarmo-nos ao estilo de jogo que ele queria para a equipa. Depois tivemos um jogo muito importante a seguir, portanto acho que estávamos todos prontos para provar que éramos melhores do que mostrámos nos jogos anteriores e foi ótimo arrancar assim», finalizou.

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