Quase 15 horas depois de ser oficialmente anunciado como reforço do Arsenal, Viktor Gyökeres quebrou o silêncio sobre o adeus ao Sporting — mas fê-lo sem qualquer referência ao conturbado processo que marcou a sua transferência para Inglaterra.
Num texto emotivo publicado nas redes sociais, o avançado sueco preferiu focar-se nas memórias positivas e deixou palavras de agradecimento aos adeptos, colegas e staff do clube de Alvalade, onde viveu uma passagem curta, mas marcante: 97 golos em 102 jogos oficiais, dois campeonatos nacionais e uma Taça de Portugal.
“É muito difícil, para mim, colocar em palavras tudo aquilo que os sportinguistas, jogadores e staff à volta da equipa me deram nos últimos dois anos. Mas penso que todas as memórias que partilhámos falam por si”, escreveu no Instagram.
“Tive dois dos melhores anos da minha vida, conquistar tudo foi algo verdadeiramente especial. Fizemos história juntos mas, mais importante, memórias para toda a vida com pessoas verdadeiramente especiais. Obrigado por tudo”.
Uma despedida sem polémicas — mas também sem explicações
A ausência de qualquer menção ao processo de saída — que envolveu semanas de negociações difíceis, litígios contratuais e pressão entre clubes — não passou despercebida aos adeptos leoninos. Muitos esperavam uma palavra mais clara sobre a forma como decorreu a transferência para o Arsenal, até porque Gyökeres foi, até ao último dia, uma das peças centrais da equipa de Rúben Amorim.
Ainda assim, o tom sereno e emocional da mensagem serviu de fecho simbólico a uma ligação que foi curta mas intensa.
Um legado difícil de igualar
Contratado ao Coventry em 2023 por 20 milhões de euros, Gyökeres transformou-se rapidamente num ídolo em Alvalade. Com a camisola 9 conquistou adeptos com golos, assistências e uma entrega constante. Sai agora como um dos jogadores mais rentáveis da história do clube, e com estatuto de herói recente.
Para muitos sportinguistas, o sueco ficará na galeria dos grandes avançados do clube. A forma como saiu — e o silêncio sobre ela — será talvez debatida mais tarde. Por agora, fica a despedida sentida… mas medida ao milímetro.