
O futuro de Viktor Gyökeres continua envolto em polémica, com a novela da transferência do avançado sueco do Sporting para o Arsenal a ganhar contornos cada vez mais tensos. A possibilidade de uma rescisão unilateral de contrato por parte do jogador não está excluída, mas acarreta riscos jurídicos e financeiros relevantes.
Quem o afirma é Lúcio Correia, professor de Direito do Desporto, que em declarações à Rádio Renascença explicou que uma tomada de posição radical por parte do internacional sueco poderá ter consequências graves — incluindo uma indemnização que pode superar os 100 milhões de euros.
“O risco é que o apuramento dos danos pode dar um valor até superior ao da cláusula [100 milhões de euros]. Pode, no entanto, ser atenuado com as alegadas promessas de saída por valor inferior”, alertou o especialista, referindo que há precedentes em que rescisões foram consideradas ilícitas, mas não impediram os jogadores de assinarem e jogarem por novos clubes.
Última oportunidade… ou rutura total?
Com o início do estágio do Sporting em Lagos agendado para este fim de semana, Gyökeres terá uma última oportunidade para se apresentar este sábado na Academia Cristiano Ronaldo, à semelhança de Geovany Quenda e Conrad Harder, também autorizados a regressar mais tarde.
Contudo, tudo indica que o goleador sueco não irá comparecer, como forma de protesto contra o que considera ser a intransigência da direção liderada por Frederico Varandas. Segundo o The Athletic, o jogador comunicou diretamente ao presidente que não pretende voltar a jogar pelo clube.
Divergências nas negociações
O Sporting exige agora 70 milhões de euros fixos mais variáveis, abaixo da cláusula de 100 milhões, mas acima da oferta recusada de 60+10 milhões. Já Hasan Cetinkaya, agente de Gyökeres, alega ter provas de promessas feitas pelo clube em sentido contrário.
Gyökeres recorreu às redes sociais a 12 de junho, prometendo falar “no tempo certo”, enquanto o jornalista Fabrizio Romano descreveu ontem a situação como uma “guerra”, dando conta de que o jogador está preparado para entrar em greve, recusando treinar ou jogar até ser vendido ao Arsenal.
O braço de ferro continua.