FC Porto

João Rafael Koehler faz esclarecimento após entrevista de André Villas-Boas

A impossibilidade de liquidar antecipadamente um empréstimo de 13,05 M€ obtido em abril de 2023 junto da Connect Capital, revelada por André Villas-Boas em entrevista a O JOGO/JN, motivou um esclarecimento de João Rafael Koehler. Num comunicado enviado a O JOGO, o empresário sublinha que a referência efetuada pelo presidente do FC Porto “é pura e simplesmente falsa” e garante que a entidade à qual está ligado sempre atuou “com total transparência e boa-fé, incluindo o perdão de juros de mora e prorrogações de prazos de pagamento, tudo para o bem do clube e para suprir as deficiências de gestão da atual direção”. “Para esclarecer de uma vez por todas, é falso que a taxa de juro do empréstimo seja de 11%. A taxa é de 7,5%. Este empréstimo foi feito num período em que as taxas de juro de referência eram altas e por isso mesmo o clube não conseguiu encontrar financiamento a taxas mais baixas em nenhuma outra instituição de crédito ou fundo de investimento. O contrato não prevê adiantamentos, pelo que se o clube se financiou recentemente com intenção de o fazer só demonstra má gestão e desorganização interna”, acusa.

Perante a impossibilidade contratual de antecipar este reembolso, O JOGO sabe que a administração do FC Porto encetou negociações no sentido de obter um entendimento com a Connect Capital. A proposta, realizada no início do ano, passava pelo pagamento do capital e dos juros até à data, mas o acordo não chegou a bom porto. “É lamentável que se tente desviar atenções com acusações infundadas – ainda por cima na praça pública, onde, que se saiba, não se negoceiam contratos”, sustenta Koehler, argumentando que “não é a primeira vez” que é “alvo deste tipo de insinuações”. “Recordo que há não muito tempo foi feita uma acusação falsa pela atual direção, o que levou à necessidade de me apresentarem um pedido de desculpas formal. Provavelmente, dentro de alguns meses, o presidente do clube voltará a pedir desculpas”, indica. “Até lá, nada mais direi. O respeito pelas boas práticas, pela ética negocial e – já agora – pela educação, impõe-se. E isso começa por saber respeitar a confidencialidade dos contratos”, acrescenta.

No comunicado, Koehler considera que AVB “faria melhor se concentrasse os esforços em garantir o sucesso desportivo do clube, em vez de procurar bodes expiatórios para encobrir o fracasso da liderança”. “Não o digo de ânimo leve: é o próprio que admite que a viabilidade financeiro do clube depende da qualificação para a Liga dos Campeões – neste momento, o FC Porto está a lutar para evitar, pela primeira vez na sua história, cair para a Liga Conferência”, salienta, argumentando que, “com negócios como Deniz Gul – um jogador cujo passe podia ter sido adquirido por 750 mil euros e acabou a custar quase 5 milhões –, dificilmente se chega lá”. “O que se exige nesta fase é competência, não distrações nem desculpas”, frisa.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo