
Jorge Corrula, atualmente no elenco da novela Vitória, da SIC, voltou a dar que falar após uma entrevista à revista Sábado onde abordou, sem filtros, temas políticos e sociais. Conhecido pela sua defesa de causas humanitárias — como o reconhecimento do Estado da Palestina — o ator surpreendeu ao afirmar que gostaria de ver André Ventura, líder do Chega, “ir à segunda volta e até ser eleito” Presidente da República. A declaração causou estranheza entre parte do público, devido ao histórico do ator em prol de causas progressistas e solidárias.
O artista, de 47 anos, explicou que a sua posição não é necessariamente um apoio político direto. Jorge Corrula sublinha que ainda não decidiu o seu voto para as próximas Presidenciais, mas critica a falta de transparência ideológica de alguns candidatos. “É estranho quando as pessoas se candidatam e não assumem ser de um partido político”, afirmou, lembrando que no passado figuras como Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva e Jorge Sampaio sempre foram claramente associados às suas correntes políticas. Para o ator, “não assumir a cor política é cobarde”.
Sobre André Ventura, Corrula esclareceu o seu raciocínio: acredita que, num cargo limitado pela Constituição, o líder do Chega não teria espaço para aplicar medidas extremas. “O cargo presidencial e a Constituição portuguesa estão intrinsecamente ligados e ele aí não tinha como violar a Constituição”, afirmou. Mais do que um apoio, trata-se de uma visão estratégica e curiosa: o ator considera que, caso Ventura chegasse ao poder e ficasse limitado pelas funções presidenciais, isso poderia expor fragilidades do próprio movimento político. “Sem André Ventura, imagino que o Chega fique reduzido a nada. Portanto, esse cenário deixa-me muito curioso”, concluiu.
Enquanto gere a reta final das gravações de Vitória, onde chega a gravar até 12 cenas por dia, Jorge Corrula revela que, após o projeto, pretende entrar num período de maior reflexão e descanso.








