Essugo lembra palavras de Amorim: “Disse que havia treino e era um dia normal”

Memórias: “Fez-me lembrar a primeira vez que cá cheguei. Muitas memórias ao ver Estádio Aurélio Pereira, muitas coisas que vivi, todas as pessoas… É sempre complicado, dá uma nostalgia. Passou um bocadinho rápido e foi isso que me veio à cabeça. Sou grato porque vivi muitas coisas. Sei que muita gente gostaria de viver aquilo que vivi, tanto na formação como na equipa principal. Foram páginas muito bonitas desde o primeiro dia no Pólo EUL até hoje, que encontrei pessoas que me ajudaram a mim e à minha família. É uma sensação muito boa, sinto-me em casa. O Sporting é a mesma casa e sinto mesmo isso quando estou aqui.”
Academia: “Foi o sítio onde passei mais anos, cresci e tive a minha transformação de menino para homem. Foi sempre tudo Sporting, é a minha segunda casa, é como uma família. É único e eu e a minha família sentimos isso desde o primeiro dia. O Sporting olha para muito mais do que o rendimento desportivo do jogador. Olha para a família, para a escola e é isso que nos torna nos jogadores que ambicionamos ser. Antes de sermos jogadores, somos homens e o Sporting quer formar grandes homens.”
Primeiras lembranças: “Lembro-me do primeiro dia. Os meus colegas integraram-me muito bem e vou levar amigos para a vida. Desde o início que nos explicaram o que era o Sporting e eram tempos, também, de diversão, de torneios, de campeonatos decididos no final da época. Levo isso tudo com muito carinho.”
Estrutura: “Quando sentimos a confiança por parte de todas as pessoas que estão aqui é mais fácil levantarmo-nos todos os dias com mais ânimo e força. Senti desde o primeiro dia que o Sporting confiava em mim, o que ajudou a ultrapassar adversidades.”
Momento marcante na formação: “A conquista do Campeonato Nacional de sub-15 e a estreia na equipa B, mas principalmente o título de sub-15. Foi uma grande sensação. Pelo grupo que era, pelos jogos que conseguimos ganhar e pelo facto de o campeonato não ter sido fácil. O jogo que mais ficou na memória foi o jogo do título, contra o Tondela.”
Estreia em Alvalade: “Estreei-me no Estádio José Alvalade e foi um sonho concretizado. Foi uma responsabilidade saudável e positiva e faz-me pensar muitas coisas. Foi o início de algo bonito. Nesse jogo estava com uns nervos gigantes, mas foi das coisas mais lindas que me aconteceu. Também me deixa feliz ver colegas meus a atingirem estes sonhos e objetivos. Espero que venham muitos mais porque isto só vai fazer com que o Sporting esteja sempre saudável. A identidade Sporting não se pode perder nunca porque aqui há muita qualidade. Que seja sempre assim.”
O que sente quando vê imagens da estreia: “Deixa-me sempre com pele de galinha. Sempre que vejo o vídeo volto a sentir o que senti naquele dia. Foi uma sensação para a qual não tenho palavras. Dava para ver a minha emoção, era um objectivo, um sonho que estava a cumprir. Não consigo explicar o que significa esse dia. Foi importante, também, para os exemplos do Geovany Quenda ou do João Simões, por exemplo, que tinham 14 anos na altura. Há que sonhar e acreditar que é possível. Temos de fazer tudo para que seja possível, trabalhar todos os dias no máximo. As coisas acontecem naturalmente e quando menos esperamos.”
Depois da estreia: “O míster Rúben Amorim disse-me que no dia seguinte havia treino e era um dia normal. O Sebastián Coates, o Luís Neto ou o Jovane Cabral deram-me algumas palavras para não ficar na bolha da estreia. A vida seguia e havia mais jogos. Essa época foi de sonho porque não esperava. Fui à equipa principal, estreei-me, ganhámos o título e fui ao Marquês. Não esperava que fosse tão rápido e fico muito grato.”