
O primeiro-ministro deu uma conferência de imprensa após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em Viseu.
Luís Montenegro foi questionado se o executivo tenciona decretar o estado de calamidade, como tem sido reclamado por alguns partidos da oposição, nomeadamente o PS.
Na resposta, o primeiro-ministro acabou por surpreender os portugueses com a sua decisão, em especial aqueles que se encontram cercados pelas chamas na Beira Interior, ao afirmar que “não há nenhuma necessidade de estarmos a decretar este estado”. Luís Montenegro justificou esta posição sublinhando que “o efeito útil que se pretenderia é aquilo que resulta precisamente da lei que acabámos de aprovar”. Porém, destacou que o Governo aprovou um novo “instrumento legislativo” que será aplicado sempre que ocorrerem situações como os incêndios que estão a preocupar o Centro e o Norte do país.
Entre as zonas mais afetadas está a Serra da Estrela, um dos parques naturais mais importantes de Portugal, que arde há cerca de nove dias, desde o início em Arganil, no distrito de Coimbra. Este instrumento permitirá lançar concursos para apoiar as autarquias na rápida reparação de infraestruturas.