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Mariana Cabral volta a arrasar o Sporting

Mariana Cabral é a convidada desta semana do podcast Olhá Bola Maria da Rádio Renascença e na conversa com a jornalista Inês Braga Sampaio a hoje técnica adjunta das norte-americanas Utah Royals voltou a deixar críticas à forma como o clube de Alvalade se trata o futebol feminino, ela que deixou o Sporting em finais de outubro.

«O Sporting poderia ser muito melhor do que aquilo que é. No entanto, há um problema grande em Portugal: as pessoas acham que nos estão a fazer um favor por terem uma equipa feminina», referiu. «Quase que nos obrigam a estar gratas por ter uma equipa. Eu percebo que há pessoas que não se importam, mas eu não sou assim. Fazia-me muita confusão. E também foi por isso que acabei por me demitir, porque senti que não tinha mais vontade de dar a cara por algo em que já não acreditava», juntou.

As condições de trabalho que encontrou no Sporting e as no Utah Royals são substancialmente diferente: «Temos dois relvados, os homens têm dois relvados também, são lado a lado. Partilhamos o mesmo refeitório, a mesma cantina, normalmente em horários diferentes, mas às vezes cruzamo-nos e estamos ao mesmo tempo. Achas que alguma vez em Portugal isto iria acontecer? Nunca. Em Portugal, já treinar em relvado era uma sorte… Quando entrámos no Sporting, nem gabinete para os treinadores tínhamos. Também não havia câmara, era emprestada. Não havia scouting… Uma série de coisas que parece agora outro tempo. Claro que isso depois mudou, já não era assim, mas o processo teve de ser todo do zero. Tudo isso teve de ser construído, teve de ser feito por nós.»

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