A reação de Lage após o tropeção do Benfica com o Arouca

Depois de o Benfica ter emitido um comunicado arrasador contra a arbitragem na sequência do empate com o Arouca, Bruno Lage assumiu a posição oficial do clube.
O técnico encarnado fala num penálti inexistente a favor dos arouquenses e pede o fim daquilo que entende serem critérios diferentes da arbitragem. Lage também apela para que se utilize o VAR com critério.
“No final do jogo, sou eu o rosto da equipa. O clube já marcou a posição oficial. O que tenho para dizer sobre as arbitragens é ir buscar aquilo que dizia desde 2019, a primeira vez que me sentei aqui. Acho que o VAR é fundamental para ajudar os árbitros. Mas o que não podemos ter são critérios diferentes. Uma vez chamamos o árbitro, outra não. Quando chamamos é porque há dúvida. O que não quero, enquanto treinador e homem do futebol, é que no dia seguinte apareçam nos jornais as opiniões dos especialistas e, afinal, 80 ou 90% das análises serem contra a decisão do árbitro. Porque senão estamos a voltar ao tempo em que não havia VAR. Amanhã não vou gostar de ver nas vossas análises a dizer ‘afinal este não era penálti para o Arouca’. É isso que não quero ver. Se o VAR veio para ajudar… É definir um critério de comunicação para, no dia seguinte, olharmos para as análises. É por isso que existe o VAR. Está para ajudar o árbitro e as imagens do VAR são com certeza as mesmas, ou semelhantes, às que os analistas e os adeptos veem. O que precisamos é de critérios e decisões uniformes para toda a gente”, afirmou.
Quanto ao jogo jogado, o treinador das águias lamentou o facto de a equipa não ter conseguido a vitória.
“Antes de mais, assumir que não era o resultado que pretendíamos. A equipa entrou bem, com boa dinâmica. Vários remates à baliza, bolas a ser tiradas na linha de golo, uma ao poste… Penso que merecíamos outro resultado ao intervalo. Jogámos e criámos a dinâmica que pretendíamos. No reinício, o Arouca tem uma boa situação, mas entretanto a equipa volta a pegar no jogo e chega ao golo com naturalidade. Continuámos a jogar, a criar, o Arouca chega ao empate. A equipa volta a reagir, tentámos sempre alterar para ter gente fresca na frente, dinâmica. O Arouca é uma equipa bem organizada, tínhamos de dar sempre muita dinâmica aos movimentos. Chegamos à vantagem com todo o mérito e, perto do final, já não tivemos tempo para voltar a marcar”, referiu.
Por último explicou as mexidas na frente quando a partida estava empatada a uma bola.
“Foi o nosso objetivo, o Arouca defende muito bem por dentro e tentámos jogar por fora. Há várias situações nos corredores, tentámos meter um homem mais de área. O Pavlidis faz isso muito bem, joga a 9 ou a segundo ponta-de-lança. Metemos gente na frente para tentar o um contra um, diagonais, cruzamentos…”, concluiu.