O outro lado de Gyokeres: «Em Lisboa sinto-me em casa»

Gyokeres é uma das estrelas brilhante na Escandinávia. Não só dentro dos relvados como também fora dele. Os golos e as exibições deixaram uma marca registada que correram mundo não só no futebol como em todas as áreas. Esta a razão para Gyokeres fazer a capa da prestigiada revista de moda Vogue, uma produção fotográfica arrojada, que obrigou o avançado a sair da zona de conforto e fugir um pouco das constantes notícias de uma transferência para um gigante europeu.
«As notícias desportivas agora são uma constante. 24 horas por dia, sete dias por semana, precisam sempre de um assunto para conversar», começou por dizer o atacante numa entrevista a esta revista escandinava, na qual elegeu aqueles que foram dos melhores momentos da temporada: «Levantar o troféu de campeão é a melhor lembrança que tenho desta época, assim como o primeiro hat-trick na Liga dos Campeões.»
Um Gyokeres (também) arrojado fora dos relvados
Descrito como uma «tempestade veloz», Gyokeres, diz esta revista, que se trata de uma pessoa normal assim que retira a máscara dos relvados.
«No começo não gostava de futebol porque estava numa equipa com pessoas que não conhecia. Era novo na equipa e não me sentia confortável. Era mais o aspeto social que era difícil do que o futebol. Mas em miúdo tudo não passa de um mero sonho. Não pensamos muito onde queremos chegar. Felizmente consegui», disse, traçando, logo a seguir, as grandes diferenças que encontrou quando chegou a Portugal.
«Com a cultura sueca, as pessoas trabalham duro durante a semana e se querem fazer alguma coisa, fazem-no no fim de semana. Aqui as pessoas também aproveitam os dias da semana. Vêm os amigos na segunda-feira ou noutro qualquer dia da semana, jantam e tomam uma taça de vinho. Na Suécia isso é raro. Essa é a grande diferença. Lisboa é uma das melhores cidades da Europa. Sinto-me em casa», desabafou.
A rotina diária, assumiu, é muito monótona. Acorda, toma uma dose de gengibre, bebe água e sai a correr. «Programo o meu despertador 10/15 minutos antes de sair», diz, lembrando, depois, a célebre máscara num festejo reconhecido em todos os pontos do planeta. «Eu e os meus amigos estávamos de férias e conversamos sobre o que fazer quando marcássemos um golo. Um deles teve a ideia da máscara e todos gostámos. Depois comecei a fazer golos e aquilo pegou. Quanto à personagem, Bane [Batman], claro que já vi. Mas as pessoas podem entender como quiserem. Se acharem que é outra coisa, tudo bem também», assume.
Sobre a produção fotográfica, Gyokeres assumiu que nem sempre foi fácil… «Foi diferente porque não estava habituado a fazer este tipo de sessão fotográfica. Demorou um pouco até me sentir confortável. Mas muito obrigado pela equipa que me ajudou e tornou tudo isto muito mais divertido», terminou.