Na conferência de imprensa de antevisão ao duelo do Gil Vicente diante do Boavista, referente à 27ª jornada da I Liga, César Peixoto abordou a polémica em que se viu envolvido após o jogoo com o Benfica na passada 6ª feira.
Recorde-se que o técnico dos gilistas foi acusado de desejar que os encarnados se sagrassem campeões, em conversa com Bruno Lage.
César Peixoto confirmou que que chegou mesmo a dizer a frase: “Espero que sejas campeão”. No entanto, garantiu que estava apenas a ser simpático.
“Meteram-me numa guerra que não é minha. O meu objetivo é o Gil Vicente e garantir rapidamente a manutenção”, começou por dizer.
No entanto, o treinador do Gil Vicente não deixou de lamentar a polémica que se criou, considerando que tal é revelador da falta de cultura desportiva do país.
“O problema não sou eu. O problema, na minha opinião, é a cultura desportiva em Portugal. O que eu disse, fui educado… A minha coluna dorsal em termos de formação e educação é assim. Não vou mudar em função de redes sociais, das opiniões ou das pessoas que andam à volta do futebol. Desejaria ao Bruno como, se calhar, fosse o treinador do Sporting”, assegurou.
“No final disse, sim, que sejas campeão. Agora, se é campeão ou não, não me diz nada. Fui apenas simpático. Disse-o e não vou mentir. Não tem mal nenhum. Mal têm os olhos de quem vê. Não me vão alterar como homem e profissional. Tenho muita paixão pelo que faço e sou muito honrado. As pessoas esquecem-se que este ano retirei, noutro clube, pontos ao Benfica. Poderia ter ganho ao Benfica e acabei por ter uma declaração na flash interview, na qual disse que ‘hoje não nos deixaram ganhar’ em que apanhei dois jogos de castigo e paguei 1800 de multa. Se fosse benfiquista, se calhar não falava”, acrescentou.
“Não sei qual é o problema. O Bruno Lage foi simpático comigo e eu disse: ‘Olha, que sejas campeão’. Não tem problema nenhum. Colocaram essa guerra, mas não é para mim. Estou a falar disto porque me perguntaram, porque eu nem iria emitir qualquer declaração”, concluiu.
