
Por ser um dia especial, o A Televisão decidiu recordar parte do trajeto que Cristina Ferreira tem traçado ao longo da sua carreira de mais de 20 anos, onde, além de apresentadora, acumula os cargos de diretora de Entretenimento e Ficção da TVI e administradora executiva da Media Capital Digital S.A.
Para atingir este patamar, não precisou de esperar mais do que duas décadas. A caminhada que fez não teve recuos e Cristina Ferreira conseguiu adquirir o estatuto de “rainha da televisão nacional”, muito por força de ter sido quase sempre líder de audiências no Você na TV, da TVI, com Manuel Luís Goucha, e em O Programa da Cristina, da SIC, a solo ou com o “vizinho” Cláudio Ramos. Isto, claro, antes de rumar novamente à “casa mãe”, em julho de 2020, numa decisão que surpreendeu o país.
Vamos lembrar a “formação” de Cristina Ferreira. A comunicadora nasceu a 9 de setembro de 1977, na Malveira. É filha única e os seus pais são feirantes. Licenciou-se em História e depois em Ciências da Comunicação, tendo ido estagiar para a RTP, onde acabou por ser rejeitada, mas com boa referência. Na avaliação do estágio, assinada por Manuel da Costa, foi indicado que deveria ser colocada no topo da lista para uma eventual futura contratação.
Embora não tenha conseguido à primeira, não desistiu do sonho. Inscreveu-se num curso de apresentação, lecionado por Emídio Rangel, na Universidade Independente, em Lisboa, onde teve Manuel Luís Goucha e Júlia Pinheiro como professores. Foi uma porta de entrada na TVI. Ao fim dos seis meses de formação, foi chamada para conduzir o Extra do Big Brother. Tinha 25 anos.
A aventura continuou através do Diário da Manhã. Na altura, este bloco informativo tinha Júlia Pinheiro no principal papel e Cristina Ferreira teve a oportunidade de aperfeiçoar, ainda mais, as suas capacidades televisivas com algumas reportagens em direto.
Pouco depois, em 2004, veio o Você na TV. Com Manuel Luís Goucha. E 14 anos se seguiram com uma das duplas mais marcantes de sempre.
Em 2018, aventurou-se na SIC. Antes, porém, Cristina teve ainda outros desafios profissionais. Deu o rosto pelo Uma Canção Por Ti, A Tua Cara Não Me é Estranha, Apanha Se Puderes ou Dança com as Estrelas. Em 2011, com apenas 33 anos, já não havia dúvidas das suas qualidades. Em abril desse ano, foi eleita a melhor apresentadora de televisão, na II Gala Troféus TV 7 Dias. Sucedeu, curiosamente, à “professora” Júlia Pinheiro.
O mesmo título, mas por votação feita na rede social Facebook, foi-lhe atribuído em 2012. Era como uma ponte para, em dezembro de 2013, ter assumido as funções de Diretora de Conteúdos Não Informativos da TVI. Um cargo que, embora aliado ao de apresentadora de um programa líder de audiências, o Você na TV, não lhe foi suficiente. Talvez por isso, em 2018 surpreendeu ao trocar Queluz de Baixo pela SIC.
No Parque Holanda, em Carnaxide, iniciou, em janeiro de 2019, O Programa da Cristina. Foi líder absoluta e atirou o antigo colega, Goucha, para o segundo lugar nas audiências. Tinha o mundo televisivo aos seus pés e era apelidada, por muitos órgãos de comunicação social, como rainha da televisão nacional. O “casamento” com Daniel Oliveira, diretor-geral de Entretenimento da SIC, também parecia correr de feição e ainda conduziu uma Gala dos Globos de Ouro, no Coliseu dos Recreios, em 2019.
Acontece que, ambiciosa, queria mais. Tinha o cargo de consultora na SIC, mas a direção de programas não lhe dava ouvidos. O clima de tensão aumentou, ainda que longe do olhar dos telespectadores, e uma nova surpresa chegou em julho de 2020. Menos de dois anos depois de chegar ao canal da família Balsemão, Cristina regressou à “casa mãe”, a TVI, e indignou a SIC, que a colocou em tribunal e lhe pediu uma indemnização de 20 milhões de euros.
Este regresso, porém, não foi um passo atrás na carreira. Nem para assumir as funções que tinha quando saiu. Desta vez, entrou nos corredores de Queluz de Baixo com a cabeça erguida. Diretora de Entretenimento e Ficção, apresentadora e acionista, com cerca de 2,5% das ações da Media Capital. Nas mãos, o poder de decidir sobre todos os conteúdos do canal, como tanto sempre quis.
Em 2023, especulou-se que não iria manter-se como diretora de Entretenimento e Ficção e que até estaria para bater com a porta, mas a verdade é que não só manteve o cargo, como foi nomeada administradora executiva da Media Capital Digital S.A. e reforçou o seu contributo na área dos novos negócios e talentos, dando uma “chapada de luva branca” aos críticos.
Dona de uma conta de Instagram com mais de 1,6 milhões de seguidores, não há dia no qual Cristina Ferreira não a atualize. Mas sempre com uma certa reserva. O filho ou a família, por exemplo, nunca aparecem nas suas publicações. E já são mais de 12 mil.
Porém, há várias informações que são do conhecimento público. Por exemplo, foi mãe por uma única vez, a 4 de junho de 2008, de Tiago, fruto de uma relação que Cristina Ferreira manteve, desde os 17 anos, com o ex-jogador de futebol António Casinhas. O casal, que nunca subiu ao altar, separou-se no verão de 2011.
Durante muitos anos, não foi conhecida qualquer relação, mas no início do ano passado surpreendeu ao assumir uma relação com João Monteiro, que se mantém.
Atualmente, Cristina Ferreira, que está de férias em Ibiza, conduz o programa Dois às 10, com Cláudio Ramos. Em breve, domingo, dia 14, regressa aos realities com a Casa dos Segredos.