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Pedro Chagas Freitas emociona-se ao recordar o pai: O que nos salva

Com a sua mais recente obra a ser um êxito, Pedro Chagas Freitas recorreu ao Instagram para declarar bonitas palavras ao seu falecido progenitor.

“O meu pai morreu. Só quando escrevi esta frase consegui chorar a morte do meu pai. As palavras, para mim, são isso: a formalização do que sinto, do que penso, do que é, do que não pode deixar de ser. Só quando escrevo sei quem sou. Precisamos todos tanto de saber mais sobre quem somos. Quando não sabemos quem somos, é natural que tomemos más decisões, as escolhas são feitas com base no que não existe. Não sei bem se existimos, na verdade. Não conseguimos olhar para nós sem a ajuda de um espelho, de um qualquer reflexo. É assim por fora, pode ser assim por dentro. Quando escrevo, olho-me“, começou por afirmar.

“Cada um tem a sua ferramenta de se conhecer. É fundamental que usemos a nossa. Pode ser dançar, cantar, pintar, representar. O que nos salva é fugir para dentro de nós. É um paradoxo: fugimos de nós quando vamos ao nosso encontro, numa anulação da lógica que acaba por anular a tentação para desistir. A tristeza salva-nos da tristeza, é isso. Quando tenho a capacidade de sofrer, de aceitar que sofro, de integrar a dor, sou capaz de lhe escapar, de a ver como uma companhia que às vezes vai estar mais presente. Só quando aceito a dor resisto a ela. Parece complexo. Não é. É só amor. O mais basilar, o mais fundador: o próprio. Que todos tenhamos a coragem de o ter“, acrescentou.

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