Quem é o mais prejudicado? O histórico de Luís Godinho com Benfica e Sporting

O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol oficializou: Luís Godinho é o árbitro nomeado para a final da Taça de Portugal entre Benfica e Sporting. Aos 39 anos, o juiz natural de Borba prepara-se para viver o jogo mais mediático da carreira — e logo num dérbi lisboeta, com uma história carregada de rivalidade, memória e emoção.
Mas há um dado que não passará despercebido à nação leonina: o Sporting nunca venceu um jogo arbitrado por Luís Godinho.
Histórico a favor das águias
O árbitro eborense apitou apenas dois dérbis lisboetas até à data, ambos no Estádio da Luz — e em ambos, os leões saíram sem vitória. Primeiro, em 2018/19, o empate a uma bola no campeonato. Depois, na mesma época, derrota por 2-1 na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Coincidência ou não, são números que criam ruído entre os adeptos verde e brancos.
Mais do que isso, Luís Godinho é um nome que Benfica conhece bem e… com boas recordações. Apitou a Supertaça de 2023, onde as águias venceram o FC Porto por 2-0, e conta com experiência em outros clássicos nacionais e jogos internacionais desde que obteve as insígnias FIFA em 2017.
Disciplina e decisões: o perfil de Godinho
Nesta temporada, Luís Godinho dirigiu 19 jogos da Liga, com 99 amarelos mostrados, apenas dois duplos amarelos e três vermelhos diretos. No capítulo dos penáltis, assinalou apenas seis grandes penalidades, mostrando-se um árbitro contido na hora de decidir dentro da área.
É, por isso, um perfil que agrada aos decisores da arbitragem para jogos de alta tensão: experiente, comedido e pouco dado a protagonismos excessivos. Ainda assim, o peso da responsabilidade será imenso: trata-se da reedição de uma final marcada, em 1996, por uma tragédia que ainda hoje assombra o futebol português.
Jamor, palco de decisões e de contas por ajustar
O Sporting chega ao Jamor à procura da dobradinha, 22 anos depois da última. Para o Benfica, trata-se da oportunidade de fechar a época com um troféu, depois da desilusão no campeonato. E tudo isto com a memória do dérbi de 1996 a pairar — o tal que ficou para sempre ligado ao fatídico ‘very light’.
Domingo, às 17h15, os olhos do país estarão no relvado do Estádio Nacional… e também no apito de Luís Godinho. Para uns, uma escolha segura. Para outros, uma má memória reincidente. O certo é que será ele a carregar o peso de uma final carregada de simbolismo, com rivalidade à flor da pele e troféu em disputa.