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Raquel Tavares regressa aos palcos cinco anos e explica decisão

Raquel Tavares está de regresso à música, cinco anos depois de ter surpreendido o país ao anunciar o fim da sua carreira como fadista. A artista, que em 2020 confessou atravessar uma fase difícil da sua vida pessoal e profissional, prepara agora um concerto especial no Coliseu de Lisboa e o lançamento de um novo álbum, previsto para dezembro.

A decisão de abandonar os palcos, na altura, deixou fãs e colegas em choque. Em entrevista a Cristina Ferreira, Raquel Tavares revelou sentir-se esgotada, solitária e incapaz de lidar com o peso do mediatismo. “Antes de ser figura pública, sou artista. Antes de ser artista, sou pessoa”, desabafou, explicando que precisava de se afastar. Durante este período, dedicou-se a outros projetos, nomeadamente na televisão, mas nunca deixou de ser lembrada como uma das vozes mais marcantes do fado contemporâneo.

Agora, mais serena e confiante, Raquel regressa ao que chama de “o seu primeiro amor”: o fado. “Há cerca de um ano e meio decidi que me apetecia voltar a cantar. Porque sim, porque me apetecia”, contou no programa Casa Feliz. O processo foi feito de forma gradual, com concertos discretos em Espanha e na América Latina, no âmbito do Festival do Fado. “Precisava que me olhassem apenas como fadista, sem histórico. E percebi que estava pronta”, acrescentou.

O concerto no Coliseu de Lisboa, marcado para dezembro, terá um formato especial e intimista, com a fadista a atuar na arena, junto ao público, em vez do palco tradicional. “Vou fazer o Coliseu da forma que sempre quis: no centro. Vai ser um espetáculo muito próximo e muito fiel ao fado tradicional”, explicou, revelando ainda que este regresso carrega uma forte carga emocional, já que desde criança sonhava em atuar naquela sala mítica.

O novo álbum, que chegará pouco antes do espetáculo, promete ser uma celebração da sua essência artística e uma forma de agradecer ao público que, mesmo durante a sua ausência, nunca deixou de a apoiar. Para os fãs de Raquel Tavares, a contagem decrescente já começou: dezembro marcará um momento histórico, não só para a fadista, mas também para o fado português.

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