
O homicídio de Carlos Castro, em 2011, continua a gerar debate mais de uma década depois. Esta semana, o caso voltou aos holofotes após a notícia de que Joana Seabra, irmã de Renato Seabra, é deputada da Assembleia da República. Durante o programa Noite das Estrelas, o comentador Duarte Siopa partilhou a sua convicção sobre as possíveis motivações que levaram Renato Seabra a cometer o crime, destacando questões de ambição e pressão psicológica.
Segundo Siopa, Renato Seabra não era homossexual e a sua relação com Carlos Castro terá sido movida sobretudo por ambição e desejo de protagonismo. “Tenho uma opinião muito própria de que o miúdo não era homossexual. Esta foi sempre a minha convicção”, afirmou. O comentador acrescentou que a relação foi alimentada pelo sonho de Renato de ser reconhecido no mundo da moda, o que terá criado tensões internas e externas que culminaram na tragédia.
Duarte Siopa detalhou ainda que o modelo de Cantanhede se submetia a situações que, no íntimo, não desejava: “Ele queria, mas no fundo, o íntimo dele dizia ‘eu não gosto de homens’. Por isso, estou-me a sujeitar a coisas que não consigo”. Para Siopa, a pressão psicológica e emocional sentida por Renato terá sido determinante para o surto que levou ao homicídio de Carlos Castro.
O comentador recordou um episódio anterior ao crime, quando Renato terá ligado à mãe, revelando que não aguentava mais. “Ele estava com uma pressão muito grande e essa pressão, que deduzimos que seja feita pelo Carlos Castro, ele não a suporta e, ao não suportar, teve um surto”, explicou. Este telefonema reforça a percepção de que o jovem vivia um estado de conflito interno intenso e crescente.
Apesar das análises e especulações, Duarte Siopa salientou que a verdade completa sobre o caso dificilmente será conhecida. “É muito difícil nós sabermos toda a verdade”, concluiu, lembrando que, para além das motivações pessoais, o homicídio envolveu fatores emocionais complexos e um contexto que continua a fascinar e chocar o público português.