Análise: “É o que nos tem acontecido. Entrámos muito bem, a controlar um jogo repartido, com o relvado a dificultar o jogar melhor, mas foi um jogo muito competitivo em que deixámos, num lance aparentemente controlado… sofremos o 2-1 e deixámos a outra equipa acreditar. Nesse momento o importante era não passar desconfiança e foi isso que passámos ao intervalo. Eles depois têm um lance de bola parada em que o Rui [Silva] fez uma grande defesa e depois com as mudanças – Morita e Geny passaram uma boa energia – pegámos no jogo antes do 3-1 e depois do 3-1 controlámos o jogo. O Casa Pia não teve mais nada perto da nossa baliza tirando na fase inicial da segunda parte, mas acima de tudo a equipa foi muito competitiva, entrou na segunda parte concentrada e rigorosa e foi muito competente. Vitória mais do que merecida”.
Equipa parece estabilizada na forma de jogar com três centrais: “Eu já disse que é algo natural e, com a disponibilidade de jogadores que tínhamos, fomos ao conforto e não fugindo da nossa ideia de jogo. Mesmo com um sistema a três ou quatro, a ideia mantém-se e sente-se uma energia positiva, de que eles começam a ganhar mais fôlego. É bom voltar a ter o Morten [Hjulmand] por tudo o que ele é como atleta e capitão e também a entrada de Morita e Geny, que são jogadores importantes, a crescer e à procura de ritmo. Quando tivermos todos, a equipa terá mais qualidade e continuaremos a crescer a todos os níveis”.
Simbiose entre equipa e adeptos em Rio Maior e desde 25 de janeiro que o Sporting não tem um jogo sem golos sofridos: “Isso não é preocupação, ganhámos. É sentir e perceber que, pelo passado, a nossa equipa técnica sofre muito poucos golos, mas faz parte, e perceber também de que forma os sofremos, temos sofrido golos quando até estamos completamente equilibrados e sofremos por pequenos pormenores, mas faz parte e o importante é saber reagir. Olhando para a massa adepta, hoje jogámos em casa num estádio difícil. O Casa Pia não perdia em casa desde 20 e tal de agosto, os adeptos fizeram-nos jogar em casa com uma energia espetacular que vem desde o primeiro dia em que cá chegamos e eles serão muito importantes nestes nove jogos que faltam até ao final do campeonato”.
Sporting quase a atingir a meta da pausa de seleções mencionada por Frederico Varandas: “Isso é um bocado subjetivo, é importante porque podemos recuperar mais gente que está a caminhar para o regresso. Se podemos perder a dinâmica de vitórias? Penso que não, tem mais a ver com a dinâmica diária de treino, porque vamos perder muitos internacionais e acabamos por não treinar o que queríamos, mas é sentir a malta a chegar e a ganhar esse ritmo. Foco no Famalicão, faltam nove jogos até ao final e depois deste é respirar e voltar [dessa pausa] com a mesma energia e a simbiose entre adeptos e equipa tem sido maravilhosa, é continuar mesmo quando as coisas não correm tão bem. Se assim for, seremos felizes no final da época”.
