Rui Borges em lista de treinadores “que serão famosos”

Rui Borges é tema no jornal desportivo Gazzetta dello Sport, esta segunda-feira, como sendo um treinador ainda algo desconhecido na Europa, mas que vai dar muito que falar. O diário italiano destaca também Claudio Giraldez (Celta de Vigo), Iñigo Pérez (Rayo Vallecano), Sebastien Pocognoli (Union St. Gilloise), Liam Rosenior (Estrasburgo) e Dino Toppmoller (Eintracht Frankfurt).
“Chamavam-no de Figo de Mirandela. Não por ser bonito, mas porque na sua pequena cidade jogava como rei dos corredores: marcação de cantos, dribles, incursões na área. Nunca passou da segunda divisão portuguesa, mas sempre se questionou sobre o porquê do que fazia como futebolista”, começa.
“Aos 36 anos, quando parou de jogar em Mirandela, passou diretamente do campo para o banco: no Campeonato de Portugal, quarta divisão, com uma estrela emprestada pela formação do Benfica, que demonstrava mais ambição com o nome do que com os pés (Zidane Banjaqui) terminou em quarto lugar. A partir daí, começou a subir: Académico Viseu, Mafra, Moreirense. Começou o campeonato no Vitória e à terceira jornada foram vendidos os melhores da equipa: o bombardeiro Jota Silva para o Nottingham Forest e o lateral [Ricardo] Mangas para o Spartak de Moscovo, mas ele não se deixou abalar e conseguiu sete vitórias consecutivas. Em novembro, o Manchester United ofereceu um contrato de ouro a Rúben Amorim, o Sporting contratou um substituto que apenas durou um mês e depois foi a Guimarães pagar a cláusula de quatro milhões de euros para ter Rui Borges no banco. (…) No Sporting teve dez lesionados, um grupo com o moral em pedaços e a três pontos do Benfica, mas terminou a temporada a vencer o campeonato sem perder um único jogo nas competições nacionais”, descreve a Gazzetta dello Sport.
“Borges é um treinador de jogadores, ouve e deixa os seus jogadores à vontade porque está firmemente convencido de que sem grupo não pode haver jogo nem sacrifício em campo. Mesmo aos que jogam pouco, ele explica porque isso acontece. É tão compreensivo quanto inflexível na aplicação das regras: Marcus Edwards, que era um dos melhores jogadores do plantel, em janeiro, em menos de um mês, foi afastado por indisciplina e enviado de volta para Inglaterra, para o Burnley. O azarado do banco, mas tudo o que toca transforma em ouro”, finaliza a parte do artigo dedicada ao técnico português.