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Rui Borges nega sentir “peso”: “Vim de lá de baixo, ninguém me conhece…”

Pode sagrar-se campeão no dérbi, sente esse peso nos ombros? Na “flash” disse que o Gil com estes níveis de competitividade noutros campos teria mais pontos, foi uma bicada? “Não, vocês (jornalistas) é que dizem que é uma bicada, eu só disse que se eles tivessem a atitude competitiva que tiveram hoje, teriam mais pontos. Foi bem explícita a atitude competitiva deles, até quando a bola estava parada, agora é para o lado que quiserem levar. Foram competitivos, criaram-nos dificuldades e eu só disse que, se fossem assim há mais tempo, teriam mais pontos e estariam safos há mais tempo. Não sinto peso, dou muito valor de onde vim e ao que sou, trabalhei muito para estar aqui e não é peso, é felicidade. Vim de lá de baixo, ninguém me conhece, sou de uma aldeia transmontana e isto não é peso, é felicidade de lutar por títulos, já perdi um. Queria era ter o meu avô aqui e não tenho, pressão esqueçam, é intensidade e depois viver o jogo. Nasci para o futebol”.

Rúben Amorim tinha uma relação particular com Eduardo Quaresma e chegou a dizer que ele tinha falta de maturidade. Que leitura faz disso? St. Juste vai pagar o almoço ao plantel pelo penálti? “A exibição dele foi boa, teve a infelicidade do lance, queria ajudar e fez penálti. Cumpriu no resto e saiu porque tinha amarelo, nada a ver. O Edu tem sido espetacular, trabalhar com o grupo é incrível e hoje deu mais uma demonstração disso. O grupo merece ser feliz e o Edu é um miúdo especial, tem crescido nesse aspeto da maturidade, pelo menos do que via de fora parece muito melhor e isso também faz parte do nosso trabalho enquanto treinadores. Se calhar cheguei até aqui um bocado por isso. Hoje em dia há muitos treinadores que trabalham bem no campo, vão à distrital e há muitos. Às vezes tem a ver com a liderança de gerir 30 jogadores com personalidades diferentes, tratando-os de forma igual, mas sabendo que são diferentes. Gosto de os entender e ouvir porque têm de estar ligados comigo. Há quem diga que estão ligados à ideia, mas isso eles ligam-se sempre, têm é que estar ligados ao trabalho. Adoro o Edu como adoro todos, o grupo merece ser feliz”.

Gyokeres teve dificuldade em ter bola e em romper linhas. O que fez o Gil para o “secar”? “Defendeu à frente da área, é difícil para ele e para qualquer avançado. Criaram essa dificuldade sempre com coberturas de dois para um, perto da área, com o Geny, Quenda e Maxi sempre com um lateral a defender no um para um. Por isso é que disse que, se eles tivessem sempre esta parte competitiva, teriam mais pontos. Criaram essa dificuldade e também houve falta de criatividade nossa, com falta de espaço, e hoje foi um bocado isso na primeira parte, muito jogo interior e poucas combinações como gostamos. Como havia pouco espaço, errámos mais e nem sempre o Viktor vai resolver, hoje foi outro, mas vi-o a dar carrinhos aos 90+4’ a defender e isso mostra-o ligado ao grupo”.

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