Villas-Boas e o editorial que nenhum portista desejaria escrever: Por ser o melhor de nós…

A edição de março da revista Dragões ganhou vida esta sexta-feira e André Villas-Boas dedicou todas as linhas da página “A visão do presidente” a Jorge Nuno Pinto da Costa. “Este é o editorial que nenhum de nós desejaria escrever”, intitulou.
Arrancando com a certeza de que com a partida do histórico ex-líder dos dragões “partiu também muito de todos” os portistas, Villas-Boas lançou algumas questões e respondeu a todas.
“Onde poderemos voltar a sentir firmeza e o valor da sua palavra? A força do seu carisma? Como podemos recordar e honrar a sua memória? Apenas de uma forma: Celebrando a sua vida! A vida que ele tanto amava, que viveu com uma intensidade única e que encontrou um sentido pleno no seu Portismo. Ele era e será sempre o Portismo, aquele que reconhecemos hoje e reconheceremos no futuro, encarnando os valores do FC Porto que pulsam no nosso coração e nos tornam únicos e especiais. Ao seu lado estará o forte e incomparável legado que nos deixa, mas que nos continuará a alimentar, e que temos a obrigação de partilhar com as gerações futuras de portistas, renovando, a cada dia que passa, a nossa vontade de ganhar”, escreveu Villas-Boas.
E prosseguiu com garantias e desejos: “Por ser o melhor de nós, o Presidente dos Presidentes estará sempre entre nós. Sejamos dignos de, diariamente, continuar a celebrar a sua vida, pois a morte não a apagará e, em nós, viverá para sempre.”
Leia, na íntegra, o editorial de André Villas-Boas:
“Partiu Jorge Nuno Pinto da Costa e com ele partiu também muito de todos nós.
São milhares de memórias de Azul e Branco vividas intensamente, desde o berço, à adolescência, à vida em adulto e agora na eternidade.
Foram inúmeros os abraços, a felicidade, os sorrisos, as celebrações, o orgulho e o sentimento de pertença a uma causa transformada em desígnio e em esperança de um Povo e de uma Região. O que agora revisitamos em memória traz consigo a nostalgia e saudade de algo vivido poderosa e intensamente, graças a um homem que dedicou a sua vida a transformar sonhos em realidades. De um Clube do Porto ao Futebol Clube do Porto, um dos maiores Clubes do Mundo, o Clube Português com maior número de títulos, o Clube Português com maior número de títulos internacionais no Futebol.
A consciência da sua presença era, para nós, Portistas, a garantia de que alguém estava sempre a olhar por algo que consideramos sagrado: o nosso FC Porto. Todos, de todas as idades e independentemente do local onde estivermos, temos a noção absoluta da sua importância, da sua dimensão intemporal, de como amou este clube, de como lhe entregou a sua vida, de como o pensou, de como nos mobilizou para lutar e ganhar em qualquer campo. Muitas foram as batalhas que lutou, tantas foram as vitórias que nos deu. Sem nunca nos deixar duvidar de nós, mesmo quando não alcançávamos a vitória, dando o exemplo, indo sempre à frente, de peito aberto e lutar com ele, todos juntos, fosse contra quem fosse.
Onde poderemos voltar a sentir firmeza e o valor da sua palavra?
A força do seu carisma?
Como podemos recordar e honrar a sua memória?
Apenas de uma forma: Celebrando a sua vida! A vida que ele tanto amava, que viveu com uma intensidade única e que encontrou um sentido pleno no seu Portismo. Ele era e será sempre o Portismo, aquele que reconhecemos hoje e reconheceremos no futuro, encarnando os valores do FC Porto que pulsam no nosso coração e nos tornam únicos e especiais. Ao seu lado estará o forte e incomparável legado que nos deixa, mas que nos continuará a alimentar, e que temos a obrigação de partilhar com as gerações futuras de portistas, renovando, a cada dia que passa, a nossa vontade de ganhar.
Por ser o melhor de nós, o Presidente dos Presidentes estará sempre entre nós. Sejamos dignos de, diariamente, continuar a celebrar a sua vida, pois a morte não a apagará e, em nós, viverá para sempre.
Viva Jorge Nuno Pinto da Costa, viva o FC Porto!”