Na sequência de mais uma gala de expulsão do Secret Story 9, o escritor Fábio Teixeira recorreu às redes sociais para partilhar um desabafo, deixando duras críticas à postura de Cristina Ferreira enquanto apresentadora.
Através do Instagram, Fábio Teixeira começou por escrever: “Durante anos admirei a Cristina Ferreira. Cresci a vê-la na televisão, a apreciar a sua energia, o seu sorriso, a forma aparentemente simples e acessível com que falava com o público. Era alguém que parecia representar a tal “vizinha do lado” que conquistou o país com trabalho e carisma. Mas, hoje, essa imagem desapareceu completamente. A Cristina que eu admirava já não existe transformou-se numa figura que, para mim, se perdeu no seu próprio ego.”
O escritor acusou a apresentadora de ser egocêntrica: “Não suporto o egocentrismo, a soberba e a presunção que transparecem sempre que abre a boca em direto. A atitude constante do “eu posso, eu mando, eu decido” cansa. Sinto que ela se coloca acima de tudo e de todos, como se o público — aquele que lhe deu fama, tempo de antena e muito do que tem — fosse apenas um detalhe descartável. E pergunto: sendo ela apresentadora, não deveria ser profissional e de bom tom usar os programas para informar, entreter ou conduzir debates, e não para atacar subtilmente os telespectadores? Quem é ela para se dirigir às famílias que acompanham os reality shows como se lhes faltasse inteligência, força ou capacidade de avaliar um concorrente?”
“É impressionante ouvir alguém que vive da televisão insinuar que o público é que está enganado, que não percebe nada ou que “as coisas mudam porque mudam”. O que nunca muda — isso sim — é a manipulação descarada que sempre existiu neste tipo de programas, como a Casa dos Segredos. Manipulação essa que, aliás, já nem tentam disfarçar. Mas o pior é vê-la a protagonizar esse espetáculo com um ar altivo, como se estivesse num pedestal inacessível. Deixei de ver galas, de ver especiais e de ver o que quer que seja que tenha o nome dela. Não é desgosto nem é desilusão; é saturação. Saturação da arrogância, da postura acima dos mortais, do tom paternalista, da incapacidade de aceitar críticas e da falta de respeito por quem lhe paga as contas. Sim, porque a televisão vive do público, dos números de audiência e, sobretudo, do dinheiro que o público gasta em telefonemas de valor acrescentado, votações, subscrições e tudo o que estas máquinas televisivas inventam para lucrar.”
Na opinião do mesmo, Cristina Ferreira perdeu a simplicidade que a tornou num dos nomes mais acarinhados do público. “A Cristina perdeu a simplicidade. Perdeu a humildade. Perdeu a autenticidade. Já não é a Cristina que apaixonou Portugal; é apenas uma vedeta que pisa quem for preciso para manter o brilho artificial que construiu à volta do seu nome. E se falarmos das preferências escandalosamente assumidas nos reality shows que apresenta, então aí torna-se evidente o que sempre se suspeitou: profissionalismo, zero. Eu, como público, já fechei a porta. Não acompanho mais nenhum programa dela. Nenhum. Porque, se é para me enervar com tamanha presunção e falta de noção, prefiro manter a televisão desligada ou usar qualquer um dos milhares de canais que existem hoje.”
“E quanto a nós, público: talvez esteja na altura de mostrar a esta “diva” qual é afinal o verdadeiro lugar dela. Porque no fim, por mais pedestal que alguém construa, quem decide se cai ou se fica de pé é sempre o mesmo: o público. E esse, sim, é bem mais forte do que qualquer estrela que se ache intocável.”
