Pedro Gonçalves: “O que sei sobre a saída de Gyokeres é pelo Fabrizio Romano…”

Gyokeres surpreendeu? “Sinto que evoluiu muito desde que chegou. Há treinos em que parece que se está a reservar.”
Pediu-lhe para ficar? “Pedi eu e pedimos todos. Ele diz que não é adivinho, ainda temos a Taça de Portugal, pelo menos. Tenho ligação muito boa com ele, mas não falo disso com ele. O que sei é pelo Fabrizio Romano… Sigo-me por ele. Não sei se vai sair.
Também marca golos: “Eu gosto mais de jogar a médio, a três, mas também me estou a safar a avançado. O meu forte não é a defender, sinto que podia melhorar muito. Sinto que seria capaz de ser médio a dois.”
O melhor golo: “Foi esse contra o Arsenal. No Emirates… Pelo jogo que foi. Contra grandes equipas sempre me correu bem. Dizem que são de campeonato muito físico e sempre me correu bem, isso é muito bom.”
Colega com melhor química em campo? “O Daniel Bragança, claramente me sinto bem a jogar com ele. O Morita também, são do meu estilo. O trincão, fazemos tabelas, dá rodar e jogar. O Inácio gosta de bolas entrelinhas. É uma equipa que eu adoro e se pudesse jogava ali a vida toda. Mas uns saem, outros entram.”
A competitividade: “Dizem que sou chatinho, mas é a minha maneira de não ficar tão stressado. Tento chatear os adversários para libertar o meu stress interior, se não foco-me muito em mim. Também sou chato com os colegas, para me passarem a bola. Às vezes parece que tenho de jogar com um colete refletor para me verem, deve ser por ser pequenino. Às vezes digo coisas no calor do momento, depois no fim do jogo falamos e fica tudo resolvido. Não faço por mal.”
Começo com Amorim e nova posição em campo: “Lembro-me do primeiro estágio e primeira semana, como se fosse hoje. E do primeiro jogo no Algarve. Passou-me a mensagem que ia jogar como falso nove. Meteu-me ali 45′ contra o farense. Perdemos 1-0 e não me correu nada bem. O central vinha muito a mim e dava porrada. Eu não sou muito físico. Depois começou a meter-me mais na frente, nas alas, interior mais pela direita e começou a correr melhor. Comecei a assimilar melhor as ideias dele e foi a melhor decisão. Já estou formatado nesta posição.”
Mudanças com Rui Borges: “Senti que o grupo estava muito formatado naquela base. Mas falámos todos e correu bem. Unir o grupo é uma das qualidades dele. Taticamente dele tem adjuntos muito bons por exemplo na bola parada, fizemos alguns golos assim. Tem observadores que analisam bem o adversário. Mas das qualidades dele é unir o grupo. Estávamos muito formatados para o 3-4-3. Falámos todos entre nós e o míster teve o mérito de ceder. Acabou por correr bem.”
A final da Taça de Portugal: “Queremos muito a dobradinha. Sporting chega melhor animicamente? Não olhamos para isso assim. É sempre complicado, um jogo de 50/50, o que pudermos controlar vamos controlar, mas é sempre um jogo com muito stress e ansiedade. Claro que vamos entrar com imensa vontade de ganhar e fazer a dobradinha, algo que o Sporting quer muito.”
O exemplo do golo cedo na Luz: “Baixámos as linhas, vamos rever isso. Baixámos demais, correu bem, porque o empate foi bom para nós.”
A desilusão FC Porto esta temporada: “O FC Porto é um grande que quer sempre lutar pelo título, mas acaba por haver temporadas como esta. Também já fiquei em quarto. De certeza que para o ano vai lutar.”